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Um tratamento inovador na área da saúde para ajudar nos casos mais graves de Covid-19. É uma espécie de pulmão artificial, capaz de remover o sangue das veias, bombeá-lo até um oxigenador e depois devolvê-lo ao corpo.
Essa nova tecnologia recebeu registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização e, agora, será fabricada em maior escala para ser destinada a instituições privadas de saúde e também ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Para financiar a produção do equipamento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um empréstimo no valor de R$ 10 milhões para a empresa responsável pela nova tecnologia, a Braile Biomédica.
Segundo o BNDES, vinte equipamentos e 620 kits para oxigenação extracorpórea do sangue serão produzidos até dezembro deste ano.
“Para o paciente, ele funciona basicamente como um pulmão auxiliar. E é utilizado nos casos graves de Covid-19, quando mesmo a ventilação mecânica, feita por ventiladores pulmonares, não surge efeito”, explicou o chefe do departamento do complexo industrial e de serviços de saúde do BNDES, João Paulo Pieroni.
Na prática, o equipamento realiza, de forma artificial, a troca do gás carbônico pelo oxigênio no sangue. Ao mesmo tempo, monitora o fluxo, a pressão e outros parâmetros clínicos do paciente com o novo coronavírus. O aparelho também pode ser usado em vítimas de afogamento, intoxicação por fumaça e em cirurgias de transplante de coração e pulmão.
“É mais uma medida do BNDES para amenizar os efeitos da crise da Covid-19 no Brasil”, acrescentou o chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde do banco.
Apoio no tratamento da Covid-19
A ação faz parte do Programa BNDES de Apoio Emergencial ao Combate da Pandemia do Coronavírus. “O programa tem como objetivo ampliar a oferta de leitos dedicados à Covid 19, bem como o número de equipamentos, materiais e insumos para o enfrentamento [ao coronavírus]”, disse o chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde do BNDES, João Paulo Pieroni.
A iniciativa já aprovou R$ 293 milhões em 12 operações. Recursos que permitiram a abertura de 2.900 leitos para o atendimento a pacientes infectados pela Covid-19, a realização de 4 milhões de testes de diagnóstico da doença e a compra de 1.700 novos equipamentos médicos, como ventiladores e monitores.