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Parece que toda vez que alguém fala em futuro está, na verdade, traçando conjecturas sobre algo distante que talvez só nossos filhos ou netos vão ver. Mas não se enganem! O título, ainda que traga um resquício desse sentimento, se refere a um “presente próximo”. Estou falando de 2022, que já está logo ali, fazendo a curva no horizonte, e o ano de 2020 é o prelúdio do que nos aguarda daqui a 2 anos.
Creio que seja uma unanimidade entre todos nós, que o ano de 2020 foi o ano mais atípico em nossas vidas. Parece que a vida deu um duplo ‘twist’ carpado onde aterrissamos de cabeça numa realidade paralela: Covid-19. E neste exato momento estamos assistindo de perto o destino do mundo ocidental que será decidido na eleição americana entre Donald Trump e Joe Biden.
Calma, você não veio até aqui para ouvir mais uma análise sobre as consequências da terra do Tio Sam sobre o mundo, o nosso foco aqui é o Brasil, onde também teremos as nossas eleições municipais acontecendo no final de novembro. Eleições estas que vão apresentar para nossa sociedade o “Voto do Futuro”, alcunha dada por Luís Roberto Barroso ao voto digital, que não deve ser confundido com votar numa urna eletrônica.
Já guardem algo na cachola, Barroso hoje está à frente do Tribunal Superior Eleitoral e em 2022, durante as eleições presidenciais, é ele quem estará sentado na cadeira máxima do Olimpo Tupiniquim: à presidência do Supremo Tribunal Federal. O ministro mais progressista de todos já está mostrando a que veio, previamente, em um de meus vídeos, eu cheguei à conclusão de que Barroso tem uma queda por Kubitschek. Os 50 anos em 5 voltaram, na verdade, foram 50 em 2.
O cenário eleitoral brasileiro foi colossalmente “Digi-modificado” se comparado com 2018.
Não estou gastando adjetivos sem motivos, as tentativas de alterações somadas às modificações que já aconteceram só podem ser expressas por construções frasais que te façam dar aquela balançadinha de cabeça e se perguntar: “Do que esse cara está falando?”.
De forma bem didática, vamos começar falando das coisas que tentaram modificar e não conseguiram, e das que ainda estão tentando:
- Abuso Religioso: Fachin, nosso eterno defensor do MST, tentou a todo custo aprovar o infame “abuso de poder religioso” que defendia a possibilidade de a Justiça Eleitoral enquadrar o uso “irregular” da religião por líderes eclesiásticos como “abuso de autoridade”. Troque irregular por fascista e você vai entender qual era a real intenção: “Tudo que eu não gosto é fascista”. Já pensou como isso seria utilizado para perseguir cristãos? Mas, louco é Bolsonaro que discursa sobre Cristofobia.
- PL-2630 e PL-3144: não vou entrar nos detalhes desses 2 projetos de lei, ou talvez devesse chamar de projetos de Leviathan. Ambas encabeçadas pela esquerda. A primeira vem de uma construção de anos de uma parceria mais do que provável entre Globalistas + Foro de São Paulo + ‘Inteligentinhos’, para “cuidar” das redes sociais. A segunda pela nova esquerda — Encabeçada pela deputada federal Joice Hasselmann, mas que parece ser ainda mais autoritária do que a outra, a PL-3144 , que tem como uma de suas propostas a criação de um ministério da verdade. Ambas são o sonho de consumo do panteão dos iluministas brasileiros, uma espécie de ‘ambrósia ‘para os censores, ou melhor, os editores que desejam trancar o povo brasileiro no Tártaro para que não expressem seus anseios e críticas.
Por mais que você possa colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz, achando que seu direito religioso está preservado, essas PLs continuam a avançar e vem ganhando apoio de outros setores da sociedade, obviamente de influenciadores progressistas, ONGs, “grande mídia”, resumindo: todo o ‘establishment’. E agora vamos a pior parte, a nova realidade que inexistia em 2018, mas que estará presente nas eleições deste ano:
- Lei KIM: particularmente eu odeio essa lei, tinham que colocar o meu nome em algo tão dantesco? Graças ao deputado federal Kim Kataguiri, do MBL, o cidadão que compartilhar FakeNews (ou o que a justiça achar que é FakeNews) poderá ser preso por até 8 anos.
- Cotas Raciais: os partidos devem reservar parte dos recursos do fundo eleitoral para candidatos negros, de forma semelhante ao que já acontece com candidaturas femininas. Invés de tentar lhe explicar o problema disso peço apenas que cheque a quantidade de candidatos que sofreram uma “Michael Jacksonlização Inversa” e estão se declarando como negros. Chequem se a cor condiz com o quê os seus olhos veem.
- Átila Tamarindo: nosso aprendiz de feiticeiro, autor das piores previsões matemáticas do ano e responsável por influenciar as decisões ultrajantes dos prefeitos e governadores, se tornou o garoto- propaganda do TSE nas campanhas de combate a desinformação e Fake News.
- Empresas de Fact-Checking: Barroso fechou parcerias entre o TSE e empresas privadas especializadas em definir o que é verdade. Além de posições políticas sempre voltadas para a extrema-esquerda e vínculos com pessoas como George Soros, desde quando o brasileiro precisa de alguém para lhes mostrar o que é verdade e o que não é? Fora a questão do fortalecimento da imagem pública que essas empresas e seu tipo de atividade ganharão (o que as credenciará para o ministério da verdade da PL-3144).
- BigTechs: o Barroso não achou suficiente tripudiar conosco com tudo que já foi feito. Teve ainda que incluir o império das BigTechs dentro do processo eleitoral brasileiro. Google, Facebook, Twitter, Instagram e até pasmem, o TIK-TOK (empresa chinesa envolvida em polêmicas ao redor do mundo por vazamento de dados) participarão desse grande momento democrático.
- VOTO DO FUTURO: esse merece uma explicação à parte.
Para entender de forma clara o cenário e como as engrenagens estão sendo movidas à força, precisa-se compreender o que é Barroso. Barroso não é “quem”, mas o “quê”.
Diferentemente de outros ministros do STF com perfis voltados à esquerda, Barroso não é só um ideólogo militante, ele não luta por pautas, isso é pouco para ele. Seu desejo nababesco é a instauração de um novo mundo, onde “Mr. B” é o arquiteto que possui um plano de sociedade, oriunda de uma cosmovisão “barrosiana”.
Pode parecer que eu tenho mania de usar muitos adjetivos, mas quando você se debruça, mesmo que de forma rápida e superficial, sobre as produções acadêmicas do Barroso, você percebe de forma clara que ele possui respostas para tudo.
De novos esquemas de partição entre poderes ao novo papel das instituições — de axiomas sobre “Revolução Tecnológica” até a “Recessão Democrática”, inclusive ele já nos avisa que em breve precisaremos discutir sobre a venda de órgãos devido aos avanços na bioengenharia e clonagem (pesquise por “Technological Revolution, Democratic Recession and Climate Change:The Limits of Law in a Changing World” – artigo do Barroso de 2019 disponível em: https://carrcenter.hks.harvard.edu/files/cchr/files/ccdp_2019_009_technology_democracy.pdf).
O Barroso ficou preso no século XVIII e não aguenta ver um iluminismo que já quer se jogar. É um homem da ciência e da razão, que luta contra o obscurantismo, medievalismo e toda forma de autoritarismo. Inclusive esse seu discurso vem pautando e moldando o linguajar da “Esquerda Renovada” que consegue ser personificada em figuras como o Felipe Neto.
E uma das ideias presentes na sociedade “barrosiana” é uma nova forma de votar. Não é um aperfeiçoamento de nossas urnas eletrônicas, onde adicionaríamos impressoras para termos o voto impresso. O Barroso estuda possibilidades de você votar pelo celular, computador, tablet ou qualquer coisa que traga “facilidade” e “barateamento” do processo.
Daí que vem o tal do “Voto do Futuro”, que, na verdade, não é nem tão do futuro assim, visto que já teremos essa tecnologia presente em 3 cidades nas eleições de novembro. Mas calma, você ainda não vai votar nos candidatos reais, apenas farão simulações com candidatos fictícios para demonstrar as possibilidades que a tecnologia tem a nos ofertar no quesito de soluções eleitorais.
Vendo que recusaram implementar o voto impresso, que garantiria maior segurança as nossas eleições, dá um certo frio na barriga de pensar que poderemos votar por aparelhos eletrônicos. E me dar um frio ainda maior ao saber que o TSE escolheu um “coordenador digital de combate à desinformação” que é da área de TI, com experiência em aplicativos voltados para soluções eleitorais, e possui ligações com empresas que recebem suporte e apoio da “Open Society Foundation” (a empresa do tio George Soros).
Some-se a isso o Sleeping Giants, o tratamento carinhoso que Twitter, Facebook, Google, Instagram, etc… dão para a direita.
Vale lembrar o recente episódio, quando o Twitter bloqueou o compartilhamento de uma notícia do New York Post, que complicaria a vida do democrata Joe Biden. E não estamos falando de um blog de direita, o NY Post é um dos maiores veículos de circulação de notícias do mundo, a coisa ficou tão feia que até a esquerda marxista brasileira criticou a ação do Twitter.
E aí eu vos pergunto: se não respeitam as eleições mais importantes do planeta, o que esperar das eleições brasileiras de 2022 que poderemos ter ainda mais mecanismos de controle?
Acho que agora ficou mais claro o que eu me referia ao falar que o cenário já foi “Digi-modificado”. Olhando o salto entre 2016 e a eleição de Bolsonaro em 2018, a qual ficou conhecida pela força e presença das redes sociais, adicionando o que já nos espera para 2020, a única coisa que eu posso falar é que eu espero que as eleições do futuro continuem bem quietinhas no futuro.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião Gazeta Brasil.