Nesta quarta-feira (23), o secretário da Saúde do Governo Doria, Jean Gorinchteyn, afirmou que, mesmo se a eficácia da vacina chinesa Coronavac contra Covid-19 for de 51% – o número ainda não foi divulgado -, o momento já é de “festejar”.
A previsão era de que hoje os dados seriam conhecidos em entrevista coletiva no Instituto Butantan, mas, a pedido da farmacêutica chinesa Sinovac, o anúncio foi adiado por até 15 dias.
“Quando os estudos das vacinas foram começados, a nossa meta era que [o índice de eficácia] fosse superior a 50%. Se fosse 51% para nós já era importante, principalmente no momento em que vivemos uma crise sanitária que assolou todo o mundo. Portanto, uma vacina que já represente essa mínima superioridade para nós já é um momento de festejar”, afirmou Gorinchteyn durante coletiva hoje à tarde.
A Sinovac usou uma cláusula do contrato assinado com o Instituto Butantan, ligado ao Governo Doria, para exigir na manhã de hoje que o instituto compartilhasse a base de dados aberta com a empresa, para que ela compare com números provenientes de outros países em que o imunizante também está em teste.
As autoridades do Governo tucano afirmaram que a vacina chinesa atingiu o índice mínimo de 50% de eficácia exigido pela Anvisa e pela OMS, porém que os estudos brasileiros mostraram dados diferentes de outros países.
A Sinovac quer cotejar as informações e divulgar um índice de eficácia da Coronavac global, comum a todos os países em que foi testada. Após essa reanálise, o Butantan enviará os dados à Anvisa, e a Sinovac enviará à National Medical Products Administration (NMPA), da China.
