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O percentual de crianças e adolescentes de até 19 anos que morreram após terem sido internados por covid-19 caiu nos primeiros meses de 2021 em relação à média de 2020, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Chamada de taxa de letalidade, a proporção era de 8,2% entre fevereiro e dezembro do ano passado e ficou em 5,8% de janeiro a 1º de março de 2021.
A pesquisa também aponta a queda no percentual de crianças e adolescentes entre os hospitalizados por covid-19. No ano passado, o percentual representou 2,46% dos casos de internação, enquanto em janeiro e fevereiro deste ano, ficou em 1,79%.
O número de crianças e adolescentes mortos pela covid-19 em 2020 representou 0,62% do total de vítimas, enquanto nos primeiros dois meses deste ano, a proporção foi de 0,39%. Em número absolutos, 1.203 crianças e adolescentes foram vítimas da covid-19 no ano passado e, até o início de março deste ano, mais 121 morreram em decorrência da doença.
Para Sáfadi, apesar de o percentual de mortes de crianças e adolescentes ser baixo entre o total de vítimas, o número absoluto é dramático. Diante disso, o médico destaca que o cuidado dos adultos também protege as crianças.
“O que temos visto é que são os adultos que infectam as crianças, e não o contrário. Para proteger o seu filho, você tem que se proteger. Essa é a principal mensagem que a gente deixa aqui. Que os adultos estejam atentos ao seu dia a dia, para que tenham a clareza de que é importante obedecer as medidas de uso de máscara e evitar aglomerações para protegê-los e proteger os seus filhos”, enfatizou o médico.
Além disso, Sáfadi pede urgência nos estudos necessários para autorizar a vacinação de crianças e adolescentes contra a covid-19. Como os estudos clínicos realizados para as vacinas tiveram apenas voluntários maiores de idade, mais testes são necessários para garantir a segurança e a eficácia dos imunizantes nas crianças e adolescentes.
“Conforme formos vacinando os adultos, veremos diminuir o número de mortos nesse grupo, e as crianças vão continuar suscetíveis. E a gente não pode excluí-las dessa ferramenta de proteção que são as vacinas. É urgente que a gente estude as vacinas em crianças”, acrescentou.
Sáfadi também destacou que a pesquisa detectou em fevereiro o início da circulação do vírus sincicial respiratório (VSR), o que se repete todos os anos e impacta as hospitalizações por SRAG. “É um vírus que a gente conhece muito bem e que circula com muita intensidade no mês de março. É um cenário que, para nós, não causa nenhuma surpresa”.
*Com informações de Agência Brasil