Nesta quarta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta para o presidente dos EUA, Joe Biden, na qual reafirma o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030, estabelecido em 2015 pelo Governo Dilma, no âmbito do Acordo de Paris.
Na carta, Bolsonaro destacou que a meta só poderá ser alcançada com o investimento de “recursos vultosos” e pediu o apoio do governo americano.
“Queremos reafirmar neste ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por V. Excelência, o nosso compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030”, diz Bolsonaro no documento.
No próximo dia 22, os Estados Unidos realizam uma Cúpula de Líderes sobre a questão climática – uma das principais bandeiras do democrata Joe Biden e até agora uma fonte de atrito com o presidente brasileiro.
Na carta, Bolsonaro diz que “tem muita satisfação em participar do evento” e “assegura seu engajamento na busca de compromissos e resultados ambiciosos para a cúpula”.
Ele mantém sua posição de que precisa de ajuda financeira para combater o desmatamento, mas não chega a atribuir um valor específico.
“Ao sublinhar a ambição das metas que assumimos, vejo-me na contingência de salientar, uma vez mais, a necessidade de obter o adequado apoio da comunidade internacional, na escala, volume e velocidade compatíveis com a magnitude e a urgência dos desafios a serem enfrentados”, afirma.
No documento, Bolsonaro chega a dizer quer ouvir “entidades do terceiro setor, indígenas e comunidades tradicionais”, fazendo um aceno as ONGs, com quem estava em guerra até agora.