A Pfizer e a BioNTech anunciaram na terça-feira (25) que iniciaram um ensaio clínico testando uma vacina modificada contra o Covid-19 para proteger contra a variante ômicron supercontagiosa do coronavírus.
As farmacêuticas disseram que pretendem inscrever até 1.420 adultos saudáveis com idades entre 18 e 55 anos no teste, que avaliará se a vacina específica para ômicron é segura e gera uma forte resposta imune.
Os participantes serão divididos em três grupos – totalmente vacinados, totalmente vacinados e reforçados e não vacinados – que determinarão se receberão uma, duas ou três doses da vacina modificada.
As empresas também disseram que esperam lançar um estudo semelhante nos EUA testando a injeção em pessoas com mais de 55 anos.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças divulgaram uma nova pesquisa na sexta-feira que descobriu que uma dose de reforço das vacinas atuais fornece proteção robusta contra doenças graves da variante de rápida disseminação, que representa praticamente todos os novos casos nos EUA.
Os estudos do CDC também sugeriram que os reforços existentes ofereciam “proteção significativa” contra infecções e doenças sintomáticas, embora a proteção fosse maior durante o surto delta em comparação com o surto ômicron.
Embora as vacinas existentes possam proteger as pessoas contra alguns dos piores resultados da Covid, os fabricantes de medicamentos disseram que continuariam desenvolvendo vacinas específicas para variantes, caso sejam necessárias.
John Moore, professor de microbiologia e imunologia da Weill Cornell Medical College, disse que as injeções modificadas podem se tornar importantes em um “pior cenário” no qual a variante ômicron sofre mutação para se tornar tão letal quanto a variante delta.