Nesta segunda-feira (06), o presidente Jair Bolsonaro (PL) retomou as críticas a ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e às urnas eletrônicas e disse que conversará com embaixadores do país para falar sobre a segurança do pleito.
As declarações ocorreram em entrevista à emissora Agro+ na manhã desta segunda-feira (06). Ele voltou a afirmar que o ministro do STF, Edson Fachin, atual presidente do TSE, trabalha a favor da eleição de Lula (PT).
“Na semana passada, o ministro Fachin convida e aproximadamente 70 embaixadores vão ao TSE para ouvir dele as maravilhas que são as urnas eletrônicas brasileiras, que não são adotadas em nenhum país do mundo, a não ser Bangladesh e Butão. E basicamente deixa transparecer que estou duvidando do sistema eleitoral, preparando um golpe para pós-eleições. E deixa claro, nas palavras dele, que, uma vez anunciado o resultado das eleições, o mundo todo deve reconhecer imediatamente Lula como presidente da República eleito”, disse o presidente.
Mais tarde, Bolsonaro afirmou que deverá conversar diretamente com os representantes diplomáticos depois de retornar da Cúpula das Américas.
“Pretendo, na volta dos Estados Unidos convidar embaixadores a conversarem comigo sobre eleições”, declarou o presidente, que retomou as críticas diretas a Fachin.
“Deixo bem claro o que está acontecendo. Há dois anos, o Fachin falou que o Lula teria que ter participado do processo eleitoral pelo bem da democracia, e não podemos esquecer que foi ele [Fachin] o relator do processo que retirou o Lula da cadeia, e agora está à frente do TSE. Ou seja: um tremendo desgaste dele para tirar o Lula da cadeia, está à frente do TSE e tudo faz para que não haja transparência e, obviamente, eleger o Lula de forma não aceitável, no meu entender”, acusou Bolsonaro.