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A Prefeitura de Mangaratiba, cidade do Rio de Janeiro onde o atacante Neymar dará uma festa de fim de ano para 150 pessoas, informou em nota enviada à Reuters nesta quarta-feira que não tem competência para legislar sobre eventos privados, ao mesmo tempo que afirmou que a não realização de eventos “é uma questão de responsabilidade social e bom senso do cidadão diante a pandemia”.
O astro do Paris St Germain e da seleção brasileira tem sido alvo de críticas após informações sobre a festa que organiza na cidade fluminense, com previsão de 150 participantes e duração de vários dias, em um momento em que a pandemia de Covid-19 volta a ganhar força no Brasil.
Segundo a nota da Prefeitura de Mangaratiba, os decretos em vigor no município relacionados ao controle da pandemia “atingem diretamente o uso do solo público e de áreas sob concessão, a exemplo de comércios, orlas e praças”. Em caso de celebração de fim de ano em propriedade particular, a prefeitura orienta que se respeitem os protocolos de prevenção contra a Covid-19, “como a não realização de aglomerações”, entre outros.
O Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou, também em nota enviada à Reuters nesta quarta-feira, que a Polícia Militar deverá atuar de acordo com as regras estabelecidas pelo município e que “está analisando as representações encaminhadas para adoção das medidas eventualmente cabíveis”.
Procurada, a assessoria de imprensa do jogador não se manifestou de imediato.
A doença já matou mais de 192 mil pessoas no país e autoridades de saúde têm alertado que aglomerações realizadas durante as festas de fim de ano podem agravar ainda mais o quadro. Somente na terça-feira, o Ministério da Saúde registrou 1.111 novas mortes no Brasil pela Covid-19.
Inicialmente, relatos na imprensa davam conta que a festa de Neymar teria 500 convidados, mas a informação foi negada em nota na segunda-feira pela Agência Fábrica, que organiza o evento.
A agência disse que a festa terá 150 convidados e que estará sujeita a regras rígidas de saúde para tentar evitar a disseminação da Covid-19.
“A realização do evento se dá cumprindo todas as normas sanitárias determinadas pelos órgãos públicos”, afirmou a Agência Fábrica em nota.
O evento é privado e todas as licenças dos órgãos competentes foram obtidas, acrescentou.
(Reuters)