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Imane Khelif, boxeadora argelina de 25 anos, encerrou a polêmica que cercou sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com uma vitória marcante. Na sexta-feira (9), aos pés da icônica Torre Eiffel, Khelif derrotou a chinesa Liu Yang por decisão unânime, garantindo a medalha de ouro na categoria dos 66 kg. O combate foi decidido por 2 sets a 1, com parciais de 26/24, 12/21, 15/10.
A vitória de Khelif é especialmente significativa, pois marca a sua redenção após uma controversa desqualificação. Em Tóquio 2020, a atleta havia sido eliminada nos oitavos de final pela tunisiana Mariem Homrani. A recente conquista, no entanto, solidifica sua posição como uma das grandes do boxe feminino.
O confronto final em Paris foi decidido após uma intensa disputa. Khelif convenceu todos os cinco juízes – Manuel Vilarino (Argentina), Ben McGarrigle (Irlanda), Pavel Pavlov (Bulgária), Emerson Pastor Arreaga (Guatemala) e Wade Peterson (Canadá) – com um unânime 30-27. A luta teve como árbitro o estoniano Jakov Peterson.
A adversária de Khelif, Liu Yang, de 32 anos, já havia mostrado sua força nas etapas anteriores, vencendo Alcinda Lucas Dos Santos de Moçambique e a belga Oshin Derieuw de maneira convincente, antes de superar a taiwanesa Chin Nien Chen nas semifinais.
A trajetória de Khelif nos Jogos de Paris foi marcada por um intenso debate sobre sua elegibilidade. A boxeadora havia sido desclassificada pela Associação Internacional de Boxe (IBA) em 2023 devido a questões relacionadas aos critérios de elegibilidade para competições femininas. A IBA alegou que Khelif e outras atletas não atendiam aos requisitos estabelecidos pela organização. No entanto, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu permitir sua participação, afirmando que todos têm o direito de praticar esportes sem discriminação.
Khelif também superou desafios nas fases anteriores do torneio. Ela garantiu sua medalha ao vencer a húngara Anna Luca Hamori nas quartas de final e, em seguida, derrotou a tailandesa Janjaem Suwannapheng nas semifinais.
Com um recorde impressionante de 37 vitórias, incluindo 5 por nocaute, e 9 derrotas (nenhuma por nocaute), Khelif começou sua carreira em 2018 com uma vitória sobre a tailandesa Anusara Dusanthia. A vitória em Paris 2024 é um ponto culminante em sua carreira, trazendo uma conclusão vitoriosa a uma jornada repleta de desafios e controvérsias.