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Nos últimos dez anos, a União injetou R$ 182 bilhões em aportes de capital nas empresas públicas não dependentes ou em subvenções do Tesouro Nacional nas estatais dependentes.
O dado foi levantado pela Secretaria Especial de Desestatização do Ministério da Economia, a pedido do site Valor Econômico, e abrange o período de 2011 a 2020.
Estatais dependentes são aquelas com repasses financeiros do ente controlador para o pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital – excluindo recursos provenientes do aumento de participação acionária. Elas levaram R$ 146,5 bilhões da União nesses dez anos.
Empresas públicas não dependentes geram receitas próprias, originadas de suas atividades, e independem do dono para honrar com essas três despesas (pessoal, custeio, capital).
Isso não significa, porém, que sempre deem lucro ou que não possam ter capitalizações do governo. De 2011 a 2020, receberam R$ 35,4 bilhões, segundo os dados do Ministério.
Algumas das companhias que mais receberam recursos dos cofres públicos no período foram a Embrapa, que faz pesquisa agropecuária (R$ 29,4 bilhões); Valec, responsável pela construção de novas ferrovias (R$ 15,4 bilhões); a Conab, encarregada de gerir estoques públicos de alimentos (R$ 14,1 bilhões); a Infraero, operadora de aeroportos (R$ 13,7 bilhões); a Codevasf, que promove o desenvolvimento e a revitalização das bacias hidrográficas do São Francisco e do Parnaíba (R$ 9,5 bilhões); a CBTU, que administra trens de passageiros em quatro capitais do Nordeste e em Belo Horizonte (R$ 9,4 bilhões).
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) começará a analisar em sessão virtual uma ação movida pelo partido de esquerda PDT contra a privatização de seis estatais: Casa da Moeda, Serpro, Dataprev, Emgea, Ceitec e ABGF.