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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatou a membros do governo que foi vítima de assédio sexual por parte do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, após a organização Me Too Brasil confirmar ter recebido denúncias contra o ministro. Silvio Almeida nega as acusações.
Segundo a coluna de Bergamo, o caso chegou ao conhecimento da equipe em junho, quando Anielle Franco foi procurada para comentar o episódio, mas na época a ministra preferiu não confirmar ou negar o ocorrido. Fontes informaram que Anielle não queria transformar o caso em um escândalo público.
No entanto, nesta quinta-feira (5), o portal Metrópoles trouxe à tona o caso, após conversar com 14 pessoas próximas à ministra, incluindo ministros, assessores e amigos. Os relatos indicam que os episódios de assédio teriam ocorrido no ano passado e envolveriam toques inapropriados nas pernas, beijos indesejados ao cumprimentá-la, além de falas com conteúdo sexual.
O jornal O Globo confirmou a informação com três fontes do governo, revelando que Anielle já havia conversado sobre o assédio com a primeira-dama Janja da Silva e os ministros Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, e Vinicius Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU). A situação era de conhecimento do Planalto há algumas semanas.
Fontes do governo, falando sob reserva, afirmaram que há uma disputa política entre Anielle e Silvio Almeida dentro do governo, o que poderia estar influenciando a situação. Além disso, outras mulheres, incluindo funcionárias públicas e ex-alunas de Almeida, também teriam procurado o Me Too Brasil para relatar situações de assédio envolvendo o ministro. Algumas dessas mulheres são negras, assim como Anielle.
Segundo o Metrópoles, os atos relatados pela ministra incluem toques inapropriados e beijos forçados, além de falas ofensivas e de cunho sexual. O caso teria sido comunicado à primeira-dama Janja, que se comprometeu a tratar do assunto com o presidente Lula.