Em entrevista ao site Valor Econômico, o subprocurador-geral da República, Alexandre Camanho, disse nesta quinta-feira (16) que a Lava Jato “deixou uma espécie de manual sobre como não agir” e que “ninguém pretende” usar essa cartilha novamente.
“Entre procuradores, a percepção largamente majoritária é de que a Lava Jato foi vítima de seus próprios erros. Ninguém pretende assumir novamente a cartilha da Lava Jato”, disse o subprocurador-geral.
“A Lava Jato deixou uma espécie de manual sobre como não agir, sobretudo em relação à sobriedade com que um magistrado e um procurador devem conduzir as investigações”, afirmou Camanho.
De acordo com ele, o que existe agora no MPF são pessoas que atuaram na Lava Jato: “São colegas que serviram ao país com a melhor das intenções. Chamá-las de lavajatistas e reprová-las é uma percepção obtusa do tema. Não existe uma facção residual da Lava Jato, teimosa, esperando para dar um golpe”.
Alexandre Camanho foi nomeado para o cargo pela procuradora-geral da República (PGR) interina, Elizeta Ramos.