O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (23), para negar o compartilhamento com a defesa do empresário Roberto Mantovani Filho das imagens que retratam a suposta agressão contra o filho do ministro Alexandre de Moraes, ocorrida em julho do ano passado, no Aeroporto de Roma, na Itália. A corte também decidiu manter a decisão do ministro Dias Toffoli, que disponibilizou a íntegra da gravação, mas negou a extração da filmagem das câmeras de segurança.
Prevaleceu o voto do ministro Dias Toffoli, que argumentou pela necessidade de preservar a “intimidade” dos envolvidos no caso. Toffoli foi seguido pelos ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Luiz Fux. O ministro Alexandre de Moraes se declarou impedido de julgar o caso.
Na semana passada, a Polícia Federal enviou ao STF um relatório no qual afirma que houve crime de injúria real cometido pelo empresário contra o filho do ministro Alexandre de Moraes. O tumulto envolveu a família do ministro em 14 de julho, quando Moraes esteve na Itália para participar de uma palestra no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena. A PF, entretanto, descartou o indiciamento de Mantovani Filho.