Justiça

Fux proíbe apostadores de usarem benefícios sociais em bets

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinou que os beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), estão proibidos de usar recursos desses benefícios em apostas online, as chamadas “bets”.

A decisão, tomada nesta terça-feira (12), exige que o governo adote, imediatamente, medidas de proteção para evitar que valores provenientes de assistenciais sejam direcionados para esse tipo de atividade.

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Além disso, Fux estabeleceu que deve ser cumprida, desde já, uma portaria federal que proíbe a publicidade de sites de apostas voltada para crianças e adolescentes.

Embora essa normativa esteja prevista para entrar em vigor apenas em janeiro de 2025, o ministro determinou sua aplicação imediata.

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As medidas cautelares adotadas por Fux têm efeito imediato, mas ainda precisarão ser avaliadas pelo pleno do STF.

A decisão foi tomada no contexto de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que questiona a Lei das Bets e aponta possíveis inconstitucionalidades, especialmente no que diz respeito aos riscos financeiros para as famílias brasileiras, em razão do comportamento de alto risco de alguns apostadores.

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O STF tem promovido uma série de audiências públicas com órgãos federais e entidades da sociedade civil para discutir os impactos dos sites de apostas no país. Entre os tópicos abordados estão o endividamento, o vício em jogos (ludopatia) e a possibilidade de lavagem de dinheiro por meio das apostas.

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