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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu em Berlim, nesta terça-feira (5/12), a necessidade de tornar os processos de licenciamento ambiental mais “rigorosos” para prevenir a ocorrência de “catástrofes”, citando o caso da mina de sal-gema da Braskem em Maceió, Alagoas, que descreveu como um “empreendimento desastroso”.
“Você tem que ser rigoroso no processo de licenciamento. Porque existem processos que são realizados sem esse rigor e depois as consequências são dramáticas”, disse. “O Ministério do Meio Ambiente e o Ibama não devem facilitar ou dificultar, mas agir com todo o rigor exatamente para que esse tipo de coisa não aconteça em prejuízo do meio ambiente e da sociedade”, prosseguiu.
A ministra lamentou o impacto negativo do “empreendimento desastroso da Braskem”, mencionando que mais de 50 mil pessoas foram afetadas na área de abrangência.
“Lamentavelmente, a postura de flexibilizar procedimentos leva a esse tipo de coisa. Aquilo que parece ser uma celeridade no começo depois vira um problema grave, que afeta sobretudo a população”, afirmou. “Já foram mais de 50 mil pessoas da área de abrangência desse empreendimento desastroso”, acrescentou.
O desastre ambiental em Maceió começou em março de 2018, quando moradores do bairro Pinheiro relataram tremores e rachaduras no solo. As autoridades concluíram que as rachaduras e tremores tinham relação com a extração de minérios realizada pela Braskem.
As licenças ambientais da empresa foram suspensas em 2019 e, no mesmo ano, a Braskem anunciou o encerramento das atividades na região.
Mais de 50 mil pessoas foram afetadas pelo desastre, que causou o afundamento de 14 mil imóveis em cinco bairros da capital alagoana.
Em julho de 2023, a Braskem firmou um acordo com a prefeitura de Maceió no valor de R$ 1,7 bilhão para indenizar as vítimas do desastre.
