33 milhões de brasileiros, cerca de 15% da população, não têm acesso à água potável, de acordo com dados do Instituto Trata Brasil. Essa realidade contrasta com a abundância de recursos hídricos no país, que abriga dois dos maiores aquíferos do mundo.
A Região Norte é a mais afetada, com apenas 64,2% da população tendo acesso à água potável. As precárias condições de saneamento básico e a crença na abundância de água contribuem para o consumo direto de água de rios e poços, muitas vezes contaminada.
Porto Velho, Ananindeua, Santarém, Rio Branco e Macapá são os municípios com os piores índices de acesso à água potável, abaixo de 60%.
A inação da população em cobrar do poder público avanços no saneamento e a falta de priorização por parte dos governantes resultam em investimentos insuficientes. A Região Norte investe apenas R$ 57 por ano por habitante, enquanto a média necessária para universalizar o acesso ao saneamento seria de R$ 231.
2,1 milhões de crianças e adolescentes até 19 anos também sofrem com a falta de acesso à água potável, segundo o Unicef.