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Quatro membros do alto escalão do governo paraguaio renunciaram, nesta segunda-feira (29), aos cargos, incluindo o embaixador do Paraguai no Brasil, Hugo Saguier, e o ministro de Relações Exteriores, Luis Alberto Castiglioni.
Além dos dois representantes, pediram demissão, também, o presidente da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE), Alcides Jiménez, que estava há poucos dias no cargo, e o titular paraguaio da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, José Roberto Alderete.
O presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, aceitou as renúncias.
O motivo apontado para as renúncias é a assinatura, em maio, de uma ata bilateral sobre o cronograma de compra de energia de Itaipu até 2022 — um ano antes da renegociação do anexo C do tratado original da usina.
Segundo a agência de notícias EFE, essa foi a primeira vez em que o Paraguai estabeleceu, com antecedência, a compra de energia. Até agora, a contratação era feita a cada ano.
O documento, assinado sem consulta à opinião pública pelos governos de Brasil e Paraguai, causou grande repercussão no vizinho latino americano – a ponto de o agora ex-chanceler, Luis Alberto Castiglioni, anunciar no domingo (28) que o Paraguai pedirá ao Brasil para cancelar o documento.
O presidente anterior da ANDE, Pedro Ferreira, já havia pedido demissão na quarta-feira (24), porque tinha se recusado a assinar a ata. Jiménez, que renunciou nesta segunda-feira, assumiu o cargo no mesmo dia.