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A Rússia começa a aplicar, nesta sexta-feira (01), uma lei para criar uma “internet soberana”, isolada dos grandes servidores mundiais, iniciativa denunciada pelos defensores da liberdade de expressão como um “controle excessivo”.
A prática já é algo que visto na Arábia Saudita, Turquia e China. O projeto, que custou US$ 300 milhões, tem como objetivo se desconectar das outras redes para se precaver de uma possível guerra cibernética
Os provedores de acesso da Rússia também devem garantir que suas redes tenham “meios técnicos” para permitir um “controle centralizado do tráfego”, para conseguir responder a eventuais ameaças.
A lei tem sido criticada como uma tentativa de controlar o conteúdo na internet, além de pretender isolar de maneira progressiva a internet russa, um dos últimos espaços de liberdade para a oposição.
“O governo pode agora censurar de maneira direta o conteúdo ou, inclusive, transformar a internet russa em um sistema fechado sem informar ao público sobre o que fez ou por quê”, denunciou a ONG Human Rights Watch.
A organização considera que o texto, que provocou manifestações e março, “coloca em perigo a liberdade de expressão e informação on-line” e abre o caminho para uma “vigilância em massa”.
A agência de notícias russa RIA-Novosti diz que o objetivo é fornecer uma Internet “sustentável, segura e totalmente funcional”, que será administrada pela estatal de telecomunicações Roskommadzor. Assim, toda vez que os usuários russos tentarem visitar sites internacionais, eles serão direcionados para páginas nacionais — nada de Facebook, o pessoal agora terá que se contentar com a rede social VK.
Com informações de AFP e RIA-Novosti