O Epidemiologista, Neil Ferguson, criador de uma tese sobre o vírus, que estimava seu número de vítimas nos Estados Unidos e no Reino Unido, disse nesta sexta-feira (27) que estava enganado.
Suas análises vinham sendo usadas como parâmetro pelos estadunidenses e já haviam sido citadas por jornais como o New York Times, e usadas como fundamentação para medidas governamentais.
A estimativa de Ferguson projetava cerca de 2 milhões de mortes por coronavírus nos Estados Unidos e mais de 500 mil no Reino Unido. Ainda havia em seus cálculos, uma margem de erro, para caso os governos decidissem tomar medidas drásticas, como a quarentena geral.
E após o primeiro dia de quarentena nas terras da Rainha, o especialista recalculou os números de sua estimativa, e explicou:
“Devo admitir, sempre tivemos certa dúvida em relação aos números apresentados com a margem de erro. O que vimos na Europa, foram as semanas de pico de contágio da pandemia e elas não poderiam servir como parâmetro (…). Deveríamos ter estudado outros valores anteriormente.”
Um número mais alto de contágio nas análises significa que o vírus continua avançando em números de infecções, mas não parece tão letal quanto se imaginava, pois, muitas das pessoas que contraíram o vírus, não apresentaram sintomas ou não tiveram necessidade de internação.
Baseando-se em revisões das duas análises feitas pelo especialista, pode-se concluir que hospitais darão conta dos casos do Covid-19 em um futuro bem próximo e que as medidas de isolamento e quarentena, são extremamente efetivas para evitar o contágio da doença.
Mas, o mais importante é que o índice de fatalidade do vírus, em si, é muito menor do que se imaginava, a maioria dos pacientes que faleceram, alegadamente, por causa do coronavírus, já tinham outras doenças, muitas vezes mais graves, do que o coronavírus.