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Segundo o relatório do Alto Comissariado de Direitos Humanos (ACNUDH) da ONU, divulgado esta semana, cento e quarenta e nove mineiros morreram em garimpos de ouro da Venezuela nos últimos quatro anos, em disputa pelo controle das minas. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.
O relatório ainda mostra que nas áreas de garimpo, conhecidas como Arco Minero del Orinoco, pessoas são submetidas aos mais “altos níveis de violência” por grupos armados chamados “sindicatos”. Na Investigação, a ONU também identificou outros crimes nos garimpos da Venezuela, como tortura aos trabalhadores, trabalho escravo degradante, trabalho infantil e tráfico humano.
De acordo com o levantamento do ACNUDH, a violência pelo controle nos garimpos resultou em pelos menos 16 disputas nos últimos quatro anos, que resultaram nas 149 mortes. A ONU também ressalta no documento que há informações de que membros das forças de segurança do país estejam envolvidas nas mortes.
Confira um trecho do relatório divulgado pela ONU:
“Os mineiros que não seguem as regras impostas pelos criminosos sofrem violações como espancamentos, tiros na mão e houve até casos de trabalhadores tendo as mãos cortadas ou sendo assassinados, e os corpos abandonados em valas perto de minas desativadas (…) Autoridades falharam na investigação e na punição dos crimes na região (…). Esses grupos ‘decidem quem entra e sai da área e impõem regras e severas punições a quem não obedece às ordens’. Eles também controlam os lucros da mineração e praticam extorsões alegando proteção. (…) “O arranjo obriga o trabalhador a pagar de 10% a 20% do salário aos grupos criminosos. Um outro percentual, que varia de 15% a 30%, tem de ser entregue ao dono do moinho, onde as pedras são quebradas para extrair ouro e outros minerais”.