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Em um discurso na Assembleia Nacional, nesta quinta-feira (29), o primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou que o alerta do dispositivo “Vigipirate”, para prevenir atentados, será elevado para o nível máximo na França. Ainda nesta quinta-feira, outro ataque ocorreu contra o consulado francês em Jidá na Arábia Saudita, e a polícia matou um homem em Avignon, no sul, que ameaçava pedestres com uma arma.
Diante dos deputados franceses, após ter apresentado as medidas que serão adotadas durante o lockdown nesta sexta-feira (30), o premiê francês denunciou um ataque “bárbaro, que deixa todo o país de luto e atinge em cheio toda a comunidade”, declarou. “Toda a nação compartilha sua dor e a imensa emoção”, disse Castex, que também elogiou a ação das forças de segurança.
Vários dirigentes se manifestaram após o ataque. Entre eles, a chanceler alemã, Angela Merkel, que exprimiu sua “solidariedade”, e o premiê britânico, Boris Johnson que disse estar “chocado com o ataque bárbaro na basílica de Notre-Dame em Nice. Nossos pensamentos vão para as vítimas e suas famílias, e o Reino Unido está junto com a França na luta contra o terror e a intolerância”, declarou.
O Ministério turco das Relações Exteriores também condenou o atentado em um comunicado. As tensões entre os dois países cresceram desde que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou as declarações do presidente Emmanuel Macron, durante a homenagem ao professor de história e geografia Samuel Paty. O chefe de Estado francês defendeu direito de publicar qualquer tipo de caricatura, incluindo as do profeta Maomé. A reação foi criticada por diversos países islâmicos, entre eles a Turquia.
Ataques em série?
Um saudita foi preso após tentar esfaquear um guarda no consulado francês em Jidá, na Arábia Saudita, também na manhã desta quinta-feira (29). O vigia, empregado de uma empresa de segurança, foi ferido a faca no prédio oficial francês na cidade de Jidá e levado a um hospital. De acordo com o consulado francês no território saudita, o segurança está fora de risco.
A embaixada francesa condenou o atentado em um comunicado à imprensa e pediu para que os franceses na Arábia Saudita aumentem a vigilância contra atos de violência.
Na região de Avignon, também no sul da França, um homem foi morto pela polícia após ameaçar pedestres com uma arma de fogo.
Em Avignon, a polícia informa que nenhuma suspeita está descartada, mas que não há características de que seja um ataque radical islâmico.
As diversas ações violentas realizadas no mesmo dia levantam a suspeita de ataques coordenados. Nesta quinta-feira, dia 29 de outubro, é comemorado no mundo muçulmano o nascimento do profeta Maomé.
Ataque em Nice deixa três mortos
Um homem invadiu a basílica de Notre-Dame, no centro de Nice, e atacou as pessoas no interior com golpes de faca por volta das 9h locais (5h de Brasília). Três pessoas morreram, um homem e duas mulheres.
O prefeito de Nice, Christian Estrosi, afirmou que o agressor “enquanto algemado, pronunciou as palavras Allah Akbar [Allah é o maior]” e pediu que tudo “fosse feito para eliminar o islamo-fascismo” do país. O ataque será investigado pela divisão antiterrorista.
A Conferência de Bispos da França qualificou o ataque de « inominável” e afirmou que os católicos não podem se tornar “um alvo de morte”.
(Da RFI, com informações da AFP e Reuters)