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A polícia da Rússia prendeu na última quinta-feira (21) apoiadores do líder de oposição Alexei Navalny, incluindo sua porta-voz, Kira Yarmysh. Entre os detidos também estão Gheorghi Alburov, que trabalha para o departamento investigativo da fundação anticorrupção do dissidente, e Anastasia Panchenko, coordenadora dos ativistas pró-Navalny na região de Krasnodar.
Eles são acusados de incitar as manifestações não autorizadas previstas para este sábado (23). Os atos serão um protesto contra a prisão de Navalny, que foi detido em seu desembarque na Rússia após passar cinco meses na Alemanha se recuperando de um envenenamento.
A polícia já prometeu reprimir as manifestações, e há relatos de que redes sociais estão removendo convocações para os protestos. Segundo a advogada do opositor, Olga Mikhailova, ele enfrenta um “vazio informativo” na prisão e não pode receber cartas nem se encontrar com familiares.
UE
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, telefonou nesta sexta-feira (22) para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e pediu a libertação imediata de Navalny.
“A Rússia deve fazer urgentemente um inquérito completo e transparente sobre a tentativa de assassinato contra ele”, escreveu Michel no Twitter.
O Conselho Europeu é o principal órgão político da União Europeia, cujos Estados-membros estudam aplicar novas sanções contra a Rússia por causa da prisão de Navalny.
*Com informações de ANSA