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A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse, neste domingo(28), que ainda não há indícios de que a variante Ômicron provoque casos mais graves de covid-19 ou com sintomas diferentes das cepas anteriores.
Embora a taxa de internações devido à covid-19 tenha aumentado nos últimos dias na África do Sul, o país onde a nova variante foi detectada pela primeira vez, “isto pode ser o resultado de um aumento geral das pessoas infectadas, e não apenas de infecções específicas com a variante Ômicron”, diz um comunicado do grupo de peritos consultivo da OMS para a monitorização da evolução do coronavírus SARS-CoV-2.
Por outro lado, muitas das primeiras infecções pela variante Ômicron registradas são de estudantes universitários, “jovens que tendem a sofrer formas mais moderadas da doença”, observaram os peritos.
Já foram registrados casos Ômicron na Holanda, Dinamarca, Bélgica, Botswana, Alemanha, Hong Kong, Israel, Itália, Reino Unido e Austrália.
O grupo de estudo salientou que “compreender o nível de severidade da variante Ômicron pode levar vários dias ou semanas”.
Os peritos acrescentaram que a variante parece aumentar o risco de reinfecção (a hipótese de uma pessoa que já teve covid-19 voltar a contrair a doença), mas que “não é ainda claro se é mais contagiosa”.
Sobre a resposta dos tratamentos contra a covid-19, os cientistas observaram que os corticosteroides e os antagonistas da interleucina-6 (IL6) parecem continuar a ser eficazes em pacientes graves, não havendo ainda conclusões sobre a resposta das vacinas existentes à variante Ômicron.
A Ômicron, cujos primeiros casos foram detectados há 15 dias e que é motivo de preocupação devido às mais de 30 mutações que foram identificadas, foi considerada uma “variante de preocupação” pelo grupo de peritos da OMS na sexta-feira, exigindo uma monitorização especial por laboratórios de todo o mundo.