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(ANSA) – O papa Francisco voltou a pedir nesta segunda-feira (13) por uma distribuição mais justa da riqueza no mundo e o fim da “cultura do descarte” vigente na sociedade atual. As afirmações foram realizadas durante uma audiência especial com os membros do Instituto Seráfico de Assis no Vaticano.
“Estamos verdadeiramente ligados por um vínculo de fraternidade, como ressaltei na encíclica ‘Fratelli tutti’, que eu quis firmar em Assis. Ocorre, porém, que é preciso tomar plena consciência e se desenvolver as consequências também quando se trata da distribuição da riqueza comum porque não é compreensível que justo aqueles que mais precisam de socorro sejam privados disso”, disse aos fiéis.
Francisco ressaltou ainda que a “cultura do descarte” faz com que a “riqueza se concentre nas mãos de poucos enquanto tantos ficam às margens e são percebidos como um peso, no máximo, dignos de uma esmola”
Lembrando do trabalho social que estruturas como a organização de Assis desenvolvem, e que elas também “lutam também para sobreviver”, o Papa citou a importância da atuação tanto dos governos como da sociedade.
“Certamente, a gente não pode pretender que os órgãos públicos façam tudo. É necessária a solidariedade de muitas pessoas, como acontecem com vocês, e o Senhor os abençoe pelo seu bom coração.
Mas, o Estado e a administração pública precisam fazer a parte deles. Não se pode deixar tantas famílias obrigadas a lutar para sustentar seus filhos, com dificuldade, com grandes preocupações para o futuro que lhes espera e que não poderão mais ajudar”, disse ainda. (ANSA).
