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Em entrevista ao jornal Le Parisien na terça-feira (04), o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que pretende dificultar a vida de pessoas que não tomarem a vacina contra a Covid-19 no país.
Ele disse também que está empenhado em “irritá-los” e quer continuar fazendo isso “até o fim” da pandemia.
As falas de Macron levaram o Legislativo francês a suspender novamente o debate para implementar um ‘passaporte da vacina’ no país.
“Eu não quero irritar os franceses, passo o dia inteiro reclamando com a equipe de governo quando isso acontece. Mas os não vacinados, eu realmente quero irritá-los”, afirmou ele, acusando quem opta por não receber as doses de uma “imensa falha moral”.
“Eles vêm para minar a força de uma nação. Quando minha liberdade ameaça a dos outros, torno-me irresponsável. Uma pessoa irresponsável não é mais uma cidadã”, completou.
A palavra usada por Macron — emmerder — é um termo considerado vulgar no francês. A afirmação gerou reações, principalmente da oposição, que suspendeu pela 2ª vez o debate sobre o projeto do Palácio do Eliseu para transformar o atual passaporte sanitário em um passaporte de vacinação.
Caso a medida seja aprovada, o país passará a exigir que maiores de 12 anos apresentem um certificado de imunização para entrar em restaurantes, comparecer a eventos ou viajar em trens interurbanos.
O novo passe substituirá o atual, que inclui a possibilidade de apresentar um teste negativo recente de Covid-19 ou um comprovante de recuperação recente da doença.
