Após dois meses, a Áustria vai encerrar o lockdown para pessoas não vacinadas contra a Covid-19 a partir de 31 de janeiro. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (26) pelo chanceler do país, Karl Nehammer.
A decisão foi tomada porque a taxa de hospitalização para as pessoas infectadas permaneceu baixa durante a última onda de Covid no país.
Nehammer reiterou que a adoção da medida foi “inevitável por razões de política de saúde”, mas disse que, após consulta ao comitê de crise, o governo decidiu que não havia mais um risco imediato de sobrecarga da capacidade dos leitos de terapia intensiva.
Atualmente, existem pouco menos de 200 pessoas nas UTIs da Áustria para coronavírus, em comparação com cerca de 600 quando a medida foi introduzida pela 1ª vez.
A medida de flexibilização coincide com a exigência de vacinas obrigatórias no próximo mês. Quem não obedecer a norma deverá pagar uma multa de quase € 3,6 mil (cerca de R$ 22 mil). Apenas pessoas com recomendações médicas poderão ser dispensadas da vacinação.
O governo informou que continuará monitorando o desenvolvimento do vírus à medida que novos casos aumentam, afirmou Nehammer. Ele acrescentou que uma redução nas infecções permitiria mais medidas de flexibilização.
No sábado (15), dezenas de milhares de manifestantes foram às ruas de Viena para protestar contra o governo da Áustria por tornar obrigatória a vacinação a partir de fevereiro.
Os manifestantes também expressaram sua indignação contra outras medidas restritivas adotadas pelas autoridades e também criticaram o passaporte sanitário.