A Corte Internacional de Justiça da ONU (CIJ) em Haia ordenou nesta quarta-feira (16) que a Rússia interrompa sua invasão, dizendo não ter visto nenhuma evidência para apoiar a justificativa do Kremlin para a guerra, de que a Ucrânia estava cometendo genocídio contra falantes de russo no leste do país. país, escreve Julian Borger.
O tribunal decidiu por 13 votos a dois por uma ordem provisória que “a Federação Russa suspenderá imediatamente as operações militares iniciadas em 24 de fevereiro de 2022 no território da Ucrânia”. Apenas os juízes russos e chineses do tribunal votaram contra a ordem.
A ordem foi em resposta a um apelo ucraniano ao tribunal em 26 de fevereiro, pedindo uma decisão urgente sobre as alegações russas não apoiadas de que as forças ucranianas estavam cometendo genocídio em enclaves apoiados pela Rússia em Luhansk e Donetsk, regiões do leste da Ucrânia, como justificativa para o ataque.
A Rússia não compareceu a uma audiência inicial sobre o caso, nem seus advogados compareceram para ouvir a decisão de hoje. Em vez disso, enviaram uma carta ao tribunal alegando que a CIJ não tinha jurisdição sobre o caso. O presidente do tribunal, Joan Donoghue, rejeitou o argumento da Rússia, apontando as frequentes ocasiões em que Vladimir Putin e outros altos funcionários russos alegaram que o suposto genocídio foi o motivo do ataque.
É improvável que a decisão influencie as escolhas de Putin, mas fornece uma refutação oficial de seu pretexto para iniciar a guerra.
