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Finlândia e Suécia devem decidir nesta semana se vão ou não se juntar à Otan, aliança militar liderada pelos EUA e que está no centro da guerra da Ucrânia, com seus países membros oferecendo suporte para o país invadido.
A decisão finlandesa deve ser anunciada na quinta-feira (12) pelo presidente Sauli Niinistö, do partido Coligação Nacional. Partido de oposição devem se juntar a outros partidos do país para apoiar a decisão, que deverá ser a de entrar na Otan.
A situação na Suécia é mais complexa, já que a primeira-ministra do país, Magdalena Andersson, do partido social-democrata, se disse a favor de entrar na Otan. Porém, outros membros de seu grupo político são contra a ação alegando que ao entrar na aliança, a Suécia renunciaria a uma tradição de mais de 200 anos de não fazer alianças militares, o que lhe garantiu a posição de neutralidade em diversos conflitos.
Nenhum dos dois países buscam fazer um referendo sobre a questão com medo do processo sofrer interferência russa. A entrada destes dois países na Otan iria significar mais um derrota para a Rússia, que se veria rodeada de “inimigos” também no Mar Báltico e no Ártico.
A tentativa dos países na Otan é também resultado direto da guerra da Ucrânia, já que antes do início da invasão nenhum dos dois países tinham planos para entrar na aliança militar.
A primeira-ministra sueca justificou a mudança nos planos ao dizer que “há um antes e um depois do dia 24 de fevereiro”, fazendo referência ao dia em que se iniciaram os ataques russos na Ucrânia.
A entrada de um país na Otan costuma demorar meses, já que requer a aprovação de todos os membros do grupo. Mas no caso de Finlândia e Suécia, o processo poderá ser acelerado para tentar evitar retaliações russas.
Diante das movimentações, o Kremlin já declarou que a entrada dos países na Otan poderá causar “repercussões políticas e militares”.