A Suécia solicitou formalmente nesta terça-feira (17) a adesão à OTAN, informaram os canais de notícias SVT e TV4 do país.
Ambos os meios de comunicação publicaram imagens da ministra das Relações Exteriores, Ann Linde, assinando o que eles disseram ser o pedido de adesão à aliança militar. O pedido da Suécia deve ser apresentado juntamente com o da Finlândia, informou a SVT.
Just signed a historic indication letter to #NATO Secretary General @jensstoltenberg from the Swedish Government 🇸🇪. Our NATO application is now formally signed. pic.twitter.com/1RAxjikjc0
— Ann Linde (@AnnLinde) May 17, 2022
Os países anunciaram sua intenção de se juntar à OTAN e reforçar suas defesas após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A Finlândia compartilha uma longa fronteira com a Rússia, enquanto a Suécia é vizinha da Finlândia.
O plano de adesão à OTAN marca o fim da tradicional neutralidade dos países diante da guerra do presidente russo, Vladimir Putin.
A Rússia ameaçou repetidamente consequências contra a Finlândia e a Suécia se aderirem à OTAN. Putin justificou parcialmente sua invasão dizendo que estava reagindo em resposta à potencial expansão oriental da OTAN.
Mas foi a invasão da Ucrânia que levou a que o apoio político e público à adesão à OTAN crescesse na Suécia e na Finlândia.
No início desta semana, Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Turquia – que é membro da OTAN – acusou a Finlândia e a Suécia de abrigar terroristas e sugeriu que ele bloquearia seus pedidos à aliança a menos que obtivesse algumas concessões. Um novo país não pode aderir à OTAN a menos que todos os seus membros existentes concordem unanimemente com isso.
Putin disse na segunda-feira (16) que “não tem problemas” com a adesão dos dois países à Otan, dizendo que a expansão do bloco para incluir esses países “não representa uma ameaça direta à Rússia”.
Mas isso contrasta com os repetidos comentários feitos por seus funcionários, que disseram que a Rússia pode retaliar.
Putin disse na segunda-feira, no entanto, que a Rússia teria que agir se a Otan transferisse armas para a Suécia e a Finlândia.
A primeira-ministra da Finlândia, Magdalena Andersson, alertou na segunda-feira que seu país estaria em uma “posição vulnerável” durante o período de inscrição.
“A Rússia disse que serão necessárias contramedidas se nos juntarmos à Otan”, disse ela, segundo a ITV News . “Não podemos descartar que a Suécia seja exposta, por exemplo, a desinformação e tentativas de nos intimidar e dividir.”