A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico se tornou a mais recente instituição internacional a reduzir suas previsões de crescimento global este ano, mas minimizou a possibilidade de um período prolongado da chamada “estagflação”.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de 1,4% para 0,6%. Para 2023, a previsão caiu de 2,1% para 1,2%.
Depois da forte recuperação vista em 2021, o crescimento econômico do Brasil deve desacelerar significativamente em 2022 até se recuperar no próximo ano, observa a OCDE. “O aumento da inflação, a guerra na Ucrânia e as condições financeiras mais apertadas corroeram o sentimento econômico e o poder de compra, o que deve afetar fortemente a demanda doméstica no primeiro semestre de 2022”, prevê a organização.
A OCDE estima que o PIB global atingirá 3% em 2022 – um rebaixamento de 1,5 ponto percentual em relação à projeção feita em dezembro.
A invasão da Ucrânia pela Rússia está tendo ramificações maciças na economia global, mas a política de zero Covid da China – uma estratégia que Pequim usa para controlar o vírus com bloqueios estritos – também é um empecilho para o crescimento global, dada a importância do país nas cadeias de suprimentos internacionais e consumo geral.
O Banco Mundial disse na terça-feira (7) que também se tornou mais negativo nas perspectivas de crescimento global. A instituição disse que o PIB global atingirá 2,9% este ano – uma estimativa inferior à sua previsão de 4,1% em janeiro.
A OCDE disse em seu relatório na quarta-feira que o rebaixamento, em parte, “reflete profundas recessões na Rússia e na Ucrânia”.
“Mas o crescimento deve ser consideravelmente mais fraco do que o esperado na maioria das economias, especialmente na Europa, onde um embargo às importações de petróleo e carvão da Rússia está incorporado nas projeções para 2023”, afirmou.
A União Europeia no final de maio decidiu impor um embargo de petróleo à Rússia, depois de concordar no mês anterior em também interromper as compras de carvão do país. O bloco tem sido fortemente dependente dos combustíveis fósseis russos e o corte de alguns desses suprimentos da noite para o dia terá um impacto econômico significativo.
No entanto, a zona do euro, a região de 19 nações que compartilham o euro, e os Estados Unidos não diferem muito em termos de suas perspectivas econômicas. A OCDE disse que o primeiro vai crescer 2,6% este ano e os EUA vão crescer 2,5%.
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