O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou sobre riscos enfrentados pela democracia em seu discurso na abertura da Cúpula das Américas, na noite de quarta-feira (08), em Los Angeles (EUA).
“Em um momento em que a democracia está sob ataque no mundo todo, vamos nos unir de novo e renovar nossa convicção de que a democracia não é só o fator definidor da história americana, é ingrediente essencial para o futuro das Américas”, defende.
A defesa da democracia é um dos principais temas do evento, que reúne chefes de Estado do continente até sexta-feira (10).
A expectativa do encontro é a de que sejam firmados compromissos em diversas áreas, incluindo, além da democracia, energia limpa, imigração, inclusão digital e parcerias em saúde pública.
Na fala de abertura, Biden citou o Brasil apenas uma vez, como um dos maiores exportadores de alimentos do continente, ao lado de países como Argentina, Canadá e México.
Biden fará sua primeira reunião com o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta.
Antes da cerimônia, o presidente dos EUA cumprimentou e posou para fotos com chefes de 30 delegações estrangeiras que já chegaram a Los Angeles. Bolsonaro não participou do evento, pois desembarca na cidade na manhã desta quinta (09). Ele deve fazer um discurso na sexta (10).
Na abertura, Biden anunciou a Parceria Americana para a Prosperidade Econômica, dividida em cinco pontos: revigoramento das instituições econômicas regionais, em especial o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), aumento da resiliência das cadeias de suprimentos, melhoria de serviços públicos, criação de empregos com transição para energias verdes e ampliação do comércio exterior regional.
O americano também falou sobre a criação de um Corpo de Saúde das Américas, que capacitará 500 mil profissionais do continente, ao custo de US$ 100 milhões. Parte do valor será custeado pelos EUA, que também oferecerão treinamentos em instituições do país.
Sobre imigração, um dos temas do encontro, disse que a chegada de estrangeiros é benéfica, mas que a “imigração ilegal é inaceitável”.
O governo americano quer assinar, na sexta, uma declaração conjunta com os países vizinhos com medidas para conter o tráfico de pessoas e a imigração irregular.