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Equipes de socorro da Itália buscam 19 pessoas desaparecidas após o desabamento de um pedaço da geleira da Marmolada, um dos glaciares mais famosos e visitados do país, em uma tragédia que é atribuída por ambientalistas à crise climática.
Dessa forma, o número de mortes provocadas pelo acidente pode ser muito maior do que os seis óbitos confirmados até o momento.
O desabamento ocorreu no começo da tarde de domingo (3), na geleira que domina a montanha Marmolada, conhecida como “rainha das Dolomitas” por ser a mais alta dessa cordilheira que atravessa o extremo-norte da Itália, com 3.343 metros de altitude.
Além dos seis mortos e dos 19 desaparecidos, o incidente deixou oito feridos, sendo que dois estão em estado grave. Entre os falecidos estão pelo menos três cidadãos italianos – dos quais dois eram guias alpinos, ou seja, estavam acostumados com o ambiente de montanha – e um da República Tcheca.
A lista de desaparecidos inclui 11 cidadãos italianos e oito estrangeiros. As buscas prosseguiram durante toda a madrugada, inclusive com o auxílio de drones equipados com câmeras térmicas, mas o calor na região nesta época do ano torna as buscas mais perigosas devido ao risco de novos desabamentos.
O premiê da Itália, Mario Draghi, e o governador do Vêneto, Luca Zaia, se deslocaram nesta segunda-feira (4) para Canazei, nos arredores da Marmolada, para acompanhar as operações de resgate.
Já o papa Francisco disse que reza pelas vítimas e por suas famílias e alertou para a crise climática no planeta. “As tragédias que estamos vivendo com as mudanças climáticas devem nos incentivar a buscar urgentemente novos caminhos de respeito pelas pessoas e pela natureza”, acrescentou o pontífice no Twitter.
*Com informações de ANSA