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O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, entregou sua renúncia ao presidente Sergio Mattarella nesta quinta-feira (21) após ruptura em sua coalizão de governo, mergulhando o país em turbulências políticas e atingindo os mercados financeiros.
Em comunicado, o gabinete de Mattarella disse que o chefe de Estado “tomou nota” da renúncia e pediu a Draghi que permanecesse como interino.
A declaração não indicava as próximas ações de Mattarella. Fontes políticas disseram no início desta semana que o presidente pode dissolver Parlamento e convocar eleições antecipadas em outubro.
Mattarella planeja se encontrar com os presidentes de ambas as casas do parlamento italiano na tarde de hoje.
A coalizão da Itália se desfez na quarta-feira (20), quando três dos principais parceiros de Draghi boicotaram um voto de confiança que ele havia convocado para tentar acabar com as divisões e renovar sua aliança fragmentada.
A crise política acabou com meses de estabilidade na Itália, durante os quais Draghi ajudou a moldar a dura resposta da Europa à invasão da Ucrânia pela Rússia e elevou a posição do país nos mercados financeiros.
Títulos e ações italianos caíram acentuadamente na quinta-feira, quando os mercados se preparam para o 1º aumento da taxa de juros do Banco Central Europeu desde 2011.
Draghi já havia pedido demissão na semana passada depois que um dos partidos parceiros, o populista Movimento 5 Estrelas, não o apoiou em um voto de confiança sobre medidas para combater o alto custo de vida.
Mattarella rejeitou a renúncia e disse a ele para ir ao parlamento para manter a ampla coalizão até o fim planejado da legislatura, no início de 2023.
Em discurso ao Senado, Draghi fez um apelo pela unidade e expôs uma série de questões que a Itália enfrenta, desde a guerra na Ucrânia até a desigualdade social e o aumento dos preços.
Mas o Movimento 5 Estrelas mais uma vez decidiu não apoiá-lo. Além disso, os partidos de direita Forza Italia e League decidiram boicotar a votação.