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O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu os lucros recordes das empresas de petróleo e gás como imorais e pediu os governos a adotar um imposto, para que o dinheiro possa ser usado para ajudar os mais necessitados.
Falando em Nova York nesta quarta-feira (3), Guterres disse que a “ganância grotesca” das empresas de combustíveis fósseis e seus financiadores levou os lucros combinados das maiores empresas de energia no primeiro trimestre deste ano a atingir quase US$ 100 bilhões (£ 82 bilhões).
“É imoral que as empresas de petróleo e gás obtenham lucros recordes com essa crise de energia nas costas das pessoas e comunidades mais pobres, com um custo enorme para o clima”, disse ele.
“Peço a todos os governos que tributem esses lucros excessivos e usem os fundos para apoiar as pessoas mais vulneráveis nesses tempos difíceis”.
Guterres disse que esses lucros são inaceitáveis, já que pessoas em todo o mundo enfrentam a ruína financeira.
“Os orçamentos das famílias em todos os lugares estão sentindo o aperto dos altos preços dos alimentos, transporte e energia, alimentados pelo colapso climático e pela guerra.
“Isso ameaça uma crise de fome para as famílias mais pobres e cortes severos para aqueles com renda média.”
Ele disse que, juntamente com um imposto sobre lucros excessivos, os governos devem fazer mais para gerenciar a demanda de energia e acelerar a transição para fontes de energia renováveis que são mais baratas que petróleo e gás.
Ele pediu aos países em desenvolvimento que ofereçam mais “apoio social, técnico ou financeiro” para ajudar as nações em desenvolvimento a fazer a transição para energia renovável.
“Os países em desenvolvimento não carecem de motivos para investir em energias renováveis. Muitos deles estão vivendo com os graves impactos da crise climática, incluindo tempestades, incêndios florestais, inundações e secas. O que lhes falta são opções concretas e viáveis.”
“Alguns desses mesmos países desenvolvidos estão introduzindo subsídios universais em postos de gasolina, enquanto outros estão reabrindo usinas de carvão. É difícil justificar tais medidas, mesmo temporariamente”, acrescentou.