O Comitê de Investigação da Rússia disse que o atentado que matou a jornalista e cientista política Darya Dugina, de 30 anos, “foi planejado com antecedência e contratado por terceiros”. Ela era filha do influente filósofo russo Alexander Dugin, um dos aliados próximos do presidente da Rússia, Vladimir Putin,
De acordo com o Comitê de Investigação da Rússia, o artefato explosivo atingiu o Toyota Land Cruiser que ela dirigia na região de Moscou, perto da vila de Bolshie Vyazemy, na noite de sábado. Foi informado que o veículo pertencia ao pai dela.
“ Já foi comprovado que o explosivo foi colocado embaixo do carro do lado do motorista. Darya Dugina, que estava dirigindo, morreu no impacto”, disse a agência russa, reiterando que os investigadores acreditam que o ataque foi premeditado e foi um contrato de trabalho.
“ Avaliações de especialistas estão sendo encomendadas, incluindo perícias biológicas, genéticas, químicas e explosivas ”, observou a agência, complementando que uma gravação da câmera do veículo foi recuperada, enquanto os policiais estão trabalhando para identificar suspeitos e possíveis testemunhas.
No início da noite de sábado, Dugin, o pai da vítima, estava dando uma palestra sobre ‘Tradição e História’ em um festival familiar na região de Moscou. Dugina esteve presente no evento. Vários relatos dizem que Dugin inicialmente planejava deixar o festival com sua filha, mas depois decidiu pegar um carro separado, enquanto Darya levou seu Toyota Land Cruiser Prado.
Dugin é conhecido por suas convicções antiocidentais e ‘neo-eurasianas’. A mídia ocidental o pintou como uma força motriz por trás de aspectos-chave da política externa do presidente Vladimir Putin. No entanto, apesar de sua reputação no Ocidente, na Rússia ele nunca teve o apoio oficial do Kremlin e é amplamente considerado uma figura marginal.
Alexander Dugin
Alexander Dugin é escritor e ideólogo russo, creditado como o arquiteto ou “guia espiritual” da invasão da Ucrânia pela Rússia. Ele supostamente tem uma influência significativa sobre Putin, e é frequentemente descrito como o “cérebro de Putin”.
