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Nesta sexta-feira (23), a Rússia iniciou referendos com o objetivo de anexar quatro regiões ocupadas da Ucrânia. Kiev chamou os referendos de “farsa ilegal” e que moradores foram ameaçados de punição se não votarem.
Governador da região de Luhansk, na Ucrânia, Serhiy Gaidai disse que as autoridades da Rússia proibiram a população de Starobilsk de deixar a cidade dominada por separatistas pró-Rússia até terça-feira da semana que vem.
Gaidai também alegou que homens armados foram enviados para revistar casas e coagir as pessoas a sair para participar do referendo russo.
“Hoje, a melhor coisa para o povo de Kherson seria não abrir suas portas”, disse Yuriy Sobolevsky, o primeiro vice-presidente ucraniano deslocado do conselho regional de Kherson no Telegram.
Os referendos russos foram condenados pela Ucrânia, por líderes ocidentais e pela ONU como um precursor ilegítimo e coreografado da anexação ilegal.
Não haverá observadores independentes acompanhando os referendos e grande parte da população legitimamente ucraniana pré-guerra fugiu.
Gaidai disse que, na cidade controlada pelos russos Bilovodsk, um diretor de empresa disse aos funcionários que o voto era obrigatório e que qualquer pessoa que se recusasse a participar seria demitida.
Ele ainda supostamente teria afirmado que os nomes seriam divulgados aos serviços de segurança.