O conservador Partido Popular (PP) conseguiu ganhar terreno sobre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) nas eleições municipais e regionais deste domingo (28) na Espanha. O partido conservador tirou a prefeitura de Sevilha dos socialistas e venceu em todas as capitais da Andaluzia e também na cidade de Valência, além de obter a maioria absoluta em Madri. Em Barcelona, Xavier Trías, do Partido Democrático Europeu Catalã, foi a grande vencedora da noite em que Ada Colau perdeu a rivalidade.
O PP, cujo líder é Alberto Núñez Feijóo, venceu as eleições, tanto no número de votos obtidos em todo o território espanhol como no número de vereadores, com uma diferença de 687 mil votos sobre o PSOE, com 95% dos votos apurados. Em vereadores obtidos, os populares também superam os socialistas, tendo conseguido 22 mil 739 deputados, face aos 20 mil 160 que os socialistas obtiveram. O PP consegue 2.375 vereadores a mais que nas eleições municipais de 2019, enquanto o PSOE perde praticamente o mesmo número , 2.181, sempre segundo o mesmo escrutínio.
Na comunidade da Cantábria, o Partido Popular também derrotou o PRC (Partido Regionalista da Cantábria), liderado pelo amigo de Andrés Manuel López Obrador, o presidente regional da Cantábria, Miguel Ángel Revilla. Na região cantábrica, o partido de Revilla entrou em colapso e deixa a chave do governo da Cantábria para uma possível coalizão do Partido Popular e VOX com a liderança de María José Sáenz de Buruaga.
Em Castilla-La Mancha, onde o socialista Emiliano García-Page Sánchez —crítico de Moncloa— beira a maioria absoluta para uma cadeira que pode ser a chave contra um possível pacto entre PP e VOX. Nas Ilhas Baleares o PP venceu, assim como em Aragão e na capital valenciana onde também governarão os conservadores.
Na Comunidade de Madri, a popular Isabel Díaz Ayuso revalidou sua vitória por maioria absoluta no governo regional, assim como José Luis Martínez-Almeida, seu companheiro de partido.
O partido que mais cresceu nesta eleição é o VOX, de extrema direita , com Santiago Abascal como líder contra a deriva separatista e “comunista” da coalizão governista. Nesta ocasião, o partido fala de uma “reconquista” no País Basco e na Câmara Municipal de Barcelona.
