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Nesta quarta-feira (12), a Microsoft disse que hackers associados à China invadiram contas de e-mail de agências e organizações governamentais ocidentais em uma campanha de ciberespionagem. O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, confirmou as alegações, afirmando que os Estados Unidos detectaram uma violação das contas do governo federal e estão investigando o assunto. No entanto, a China negou as acusações, chamando os EUA de “maior império de hackers e ladrões cibernéticos do mundo”.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, pediu aos EUA que expliquem suas atividades de ataque cibernético e parem de espalhar desinformação para desviar a atenção pública.
“Já é hora de os EUA explicarem suas atividades de ataque cibernético e pararem de espalhar desinformação para desviar a atenção do público”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, a repórteres na quarta-feira.
A Microsoft que o grupo de hackers, apelidado de Storm-0558, falsificou tokens de autenticação digital para acessar contas de webmail em execução em seu serviço Outlook. A atividade teve início em maio.
“Como em qualquer atividade observada de ator de estado-nação, a Microsoft contatou todas as organizações visadas ou comprometidas diretamente por meio de seus administradores de inquilinos e forneceu informações importantes para ajudá-los a investigar e responder”, disse a empresa em comunicado.
Acrescentou que o “adversário está focado na espionagem”, inclusive obtendo acesso a e-mails para coleta de informações.
A Microsoft não especificou quais organizações ou governos foram afetados, mas disse que o grupo de hackers envolvido visa principalmente entidades na Europa Ocidental.
A empresa disse que está trabalhando com o Departamento de Segurança Interna dos EUA e a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura para “proteger os clientes afetados e resolver o problema”.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adam Hodge, disse que uma invasão na segurança da nuvem da Microsoft “afetou sistemas não classificados”, sem dar mais detalhes.
“As autoridades imediatamente contataram a Microsoft para encontrar a fonte e a vulnerabilidade em seu serviço de nuvem”, disse Hodge à agência de notícias Reuters.
O Departamento de Estado dos EUA também disse na quarta-feira que detectou “atividade anômala” e tomou medidas imediatas para proteger seus sistemas de computador.
O departamento “continuará monitorando de perto e respondendo rapidamente a qualquer atividade futura”, disse um porta-voz à Reuters por e-mail, sem mencionar a China.
No início deste ano, o Departamento de Estado alertou contra possíveis atividades cibernéticas chinesas. “A comunidade de inteligência dos EUA avalia que a China quase certamente é capaz de lançar ataques cibernéticos que podem interromper serviços críticos de infraestrutura nos Estados Unidos, inclusive contra oleodutos e gasodutos e sistemas ferroviários”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em maio.
A questão corre o risco de renovar as tensões entre Washington e Pequim após visitas de altos funcionários dos EUA à China. Os dois países estão presos em uma competição econômica e geopolítica cada vez mais intensa, mas os líderes americanos e chineses enfatizam que não estão buscando confronto .