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As temperaturas na Itália chegaram a quase 47°C na quarta-feira, no meio de uma onda de calor extremo que continua a varrer várias regiões da Europa, Ásia e América do Norte.
Os picos foram registrados na ilha da Sicília, na região entre Mazara del Vallo, na província de Trapani, e Sciacca, na província de Agrigento, de acordo com dados publicados pelo ilMeteo.it e coletados pela agência de notícias italiana Ansa.
A onda de calor na Sicília será medida em comparação com seu próprio recorde de 48,8°C registrado em 2021, que é oficialmente considerada a temperatura mais alta registrada na Europa.
Em 17 de julho, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) das Nações Unidas anunciou que os 48,8°C registrados na estação de controle de Siracusa (Sicilia) em 2021 foram verificados como o recorde europeu de altas temperaturas, com o qual será medida a atual onda de calor.
As temperaturas extremas afetam todo o hemisfério norte. De Los Angeles à China, as autoridades fizeram um apelo à população para tomar medidas para se proteger do calor, hidratando-se adequadamente e protegendo-se do sol.
Várias regiões da Europa estão em alerta vermelho devido ao “perigo extremo” representado pelas altas temperaturas.
Centenas de bombeiros lutam contra incêndios no arquipélago das Ilhas Canárias, mas principalmente na Grécia, onde, pelo terceiro dia consecutivo, está sendo travada “uma enorme batalha” contra as chamas a oeste de Atenas e na ilha turística de Rodes, de acordo com o ministro de Crise Climática e Proteção Civil, Vassilis Kikilias.
Diante da previsão de uma nova onda de calor a partir de quinta-feira, com temperaturas que atingirão 44°C na sexta-feira e no sábado, “as condições meteorológicas são difíceis” devido aos fortes ventos de até 60 quilômetros por hora que sopram em algumas partes do país e avivan as chamas, acrescentou o ministro.
Apesar das ordens de evacuação das autoridades gregas em algumas localidades situadas entre 50 e 80 km de Atenas, alguns moradores se recusaram a abandonar suas casas.
“Não vou embora. Comecei a construir esta casa quando tinha 27 anos. Ficarei aqui pelo menos para vê-la queimar”, disse à AFPTV Dimitris Michaelous, em Pournari, a noroeste da capital.
Em Espanha, “não se pode estar na rua, é horrível”, lamentou Lidia Rodríguez, uma sevillana de 29 anos de visita em Madrid. “Como sou de Sevilha, estou acostumada com o calor, mas é sufocante”.
As temperaturas atingiram 45,3°C em Figueras, na região da Catalunha (nordeste), e 43,7°C nas Ilhas Baleares, de acordo com a agência meteorológica Aemet.
Na terça-feira, recordes de temperatura foram quebrados em todo o mundo e novas ondas de calor são esperadas para a quarta-feira.
Pequim quebrou um recorde de 23 anos com 27 dias consecutivos de temperaturas superiores a 35 graus Celsius.
“Ao meio-dia, sinto como se o sol me queimasse as pernas”, disse à AFP Qiu Yichong, um estudante de 22 anos.
Phoenix, a capital do Arizona, no sul dos Estados Unidos, quebrou um recorde semelhante que se mantinha há 49 anos, com seu 19º dia consecutivo de temperaturas de 43,3 graus Celsius ou superiores, informaram as autoridades meteorológicas.
No sul da França, foram quebrados recordes principalmente em altitude nos Alpes (leste), Pirinéus (oeste) e ilha da Córsega. Esses recordes estão entre 8°C e 11,9°C acima dos valores normais.
“Plano de luta”
A ONU chamou o mundo a se preparar para “ondas de calor mais intensas” e instou a cada pessoa a elaborar seu próprio “plano de luta” para enfrentar temperaturas extremas.
Na Itália, 20 cidades estão em alerta vermelho.
Em Roma, o mercúrio atingiu 40°C, pouco abaixo do recorde local de 40,5°C estabelecido em agosto de 2007.
(Com informações da AFP)