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Na tarde desta terça-feira (26), o presidente da Câmara dos Comuns do Canadá, Anthony Rota, anunciou que renunciará ao cargo após o escândalo sobre o convite e reconhecimento pelo Parlamento canadense do ucraniano Yaroslav Hunka, que foi soldado nazista na 2ª Guerra Mundial.
“É com grande pesar que informo os membros [da casa legislativa] da minha renúncia como presidente da Câmara dos Comuns”, anunciou o parlamentar.
Na última sexta (22), Yaroslav Hunka (foto), de 98 anos, recebeu aplausos na Câmara canadense pela sua atuação na Primeira Divisão Ucraniana, também conhecida como Divisão Galícia.
Porém, na verdade, essas tropas de Hunka atuavam em conjunto com a SS, Exército paramilitar do Partido Nazista de Hitler.
A ONU rechaçou a homenagem prestada pelos parlamentares canadenses ao veterano nazista.
Sediada na região da Galícia, na Ucrânia, a divisão foi incorporada à 14ª Divisão de Granadeiros da SS e foi organizada exclusivamente para combater soviéticos.
Composta por voluntários, muitos eram admiradores de Stepan Bandera, colaboracionista nazista ucraniano durante a 2ª Guerra Mundial, ou viam os nazistas como aliados úteis para tentar conquistar autonomia ante a Rússia.
Essa divisão nazista de ucranianos foi acusada de praticar diversos crimes de guerra.
O ato foi mal visto pela comunidade internacional e canadense, com países como Rússia, Polônia e Israel exigindo retratações.
A sessão da última sexta na Câmara de Deputados do Canadá recebeu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Durante a sessão, os parlamentares, o primeiro-ministro Justin Trudeau, do Canadá, e os convidados aplaudiram Hunka.