Arqueólogos da Polônia descobriram em junho deste ano um cemitério com 450 ossadas de pessoas consideradas “vampiros” no século 19. O cemitério foi encontrado no norte do país, durante obras de alargamento de uma rua.
O professor associado Dariusz Polinski, arqueólogo-chefe da escavação na pequena vila de Pien, disse à agência de notícias Reuters que, embora o termo “vampiro” seja moderno, os europeus medievais acreditavam que os mortos poderiam retornar como criaturas conhecidas como “upior”.
De acordo com Polinski, vítimas de doenças, crianças não batizadas e pessoas que tivessem morrido em circunstâncias trágicas eram especialmente temidas.
Os ossos apresentavam marcas de sepultamento que eram comuns às práticas anti-vampiros da época, como a colocação de objetos no corpo para impedir que os mortos se levantassem dos mortos.
Em alguns casos, os corpos foram decapitados ou tiveram as cabeças posicionadas entre as pernas.
Em outros, foi colocada uma foice no pescoço ou um cadeado nos pés.
Segundo os arqueólogos, as pessoas enterradas no cemitério eram provavelmente vítimas de doenças ou mortes prematuras.
Moradores da região acreditavam que elas eram vampiros e tomaram medidas para impedir que voltassem dos mortos.
Essas práticas anti-vampiros eram comuns na Europa durante a Idade Média e o início da Era Moderna.
Elas eram baseadas na crença de que os vampiros eram seres sobrenaturais que se alimentavam do sangue dos vivos.