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Os presidentes do Parlamento da França e da Alemanha convocaram, nesta terça-feira (7), marchas contra o antissemitismo para o próximo domingo (11). A medida ocorre em meio ao recrudescimento desses atos em ambos os países após o início da guerra entre Israel e o Hamas.
A presidente da Assembleia Nacional (Câmara) da França, Yaël Braun-Pivet, e seu par do Senado, Gérard Larcher, urgiram “enviar uma mensagem clara de que a França não aceita o antissemitismo […] nem vai se resignar nunca a um destino de ódios”.
Segundo o governo francês, foram registrados mais de mil atos antissemitas na França desde o início da guerra, em 7 de outubro. O número é duas vezes maior que o registrado em todo o ano de 2022.
Na Alemanha, o governo também registrou um aumento nos atos antissemitas. A Polícia Federal alemã informou ter registrado quase 2.000 crimes relacionados à guerra entre Israel e o Hamas.
O diretor do serviço de inteligência interno da Alemanha, Thomas Haldenwang, alertou recentemente sobre o retorno das “horas mais sombrias da história” do país.
O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o chanceler Olaf Scholz discursarão durante a cerimônia de recordação do 85º aniversário da Kristallnacht, um massacre contra os judeus do Terceiro Reich, que ocorreu na última quinta-feira (2).
As marchas contra o antissemitismo serão realizadas em Paris, Berlim e outras cidades dos dois países.