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O líder dos rebeldes Houthis do Iêmen, Abdelmalek al-Huthi, disse nesta terça-feira (14) que os rebeldes vão começar a examinar, verificar e atacar navios israelenses no Mar Vermelho.
“Planejamos operações adicionais para atingir alvos sionistas na Palestina ou em outro lugar e não hesitaremos em fazê-lo no Mar Vermelho, particularmente em Bab al Mandab e nas suas águas adjacentes às águas territoriais do Iêmen”, disse al-Huthi.
“Não hesitaremos em atacá-los (…) Os nossos olhos estão abertos, em constante vigilância e procura de qualquer navio israelita”, insistiu.
Pouco depois da ameaça, o Exército Israelense informou que interceptou um míssil sobre o Mar Vermelho lançado do Iêmen.
Segundo os rebeldes, a presença de Israel nessas águas é forte, embora muitas vezes passe despercebida, uma vez que “o inimigo depende da evasão e do disfarce enquanto se move no Mar Vermelho, especialmente em Bab al Mandab”.
Acrescentaram que, ainda, “não se atreveram a hastear a bandeira nos seus barcos” e navegam com os seus sistemas de identificação desligados para evitar serem detectados.
Em outro sinal da sua vontade de intervir mais na guerra, al-Huthi pediu aos países que partilham fronteira com o Iêmen e a Palestina que abrissem uma passagem fronteiriça para que os seus combatentes pudessem entrar no enclave e enfrentar as tropas de Benjamin Netanyahu.
“Pedimos aos países que nos separam geograficamente da Palestina, mesmo que apenas para testar a nossa credibilidade, que abram uma passagem terrestre para que o nosso povo possa chegar à Palestina”, explicou e acrescentou: “Centenas de milhares de heróicos combatentes se deslocariam”.
Nesse sentido, recordou a recente declaração dos países islâmicos após a cimeira que realizaram em Riade e criticou que “não nos permitiu chegar a uma resolução clara ou a uma ação prática”, algo que considera “vergonhoso e triste” face ao “genocídio” que, segundo ele, Israel comete contra o povo palestino.
O discurso do líder rebelde ocorreu num momento em que Israel conseguiu uma incursão total na Faixa de Gaza, dividindo mesmo o território em dois, e conseguiu o controle total da Cidade de Gaza, onde está localizado o coração do Hamas.
“O Hamas perdeu o controle de Gaza. Os terroristas estão fugindo para o sul”, declarou o ministro da Defesa, Yoav Galant, e comemorou que “não há força do Hamas capaz de deter as FDI”, que “está avançando em todas as frentes”.
Assim, nesta manhã as tropas da Brigada Golani divulgaram uma imagem no interior do Parlamento de Gaza, sinal de que o inimigo foi erradicado da sede do Governo onde permanece desde 2007.
Ao mesmo tempo, as forças israelitas começaram a destruir bunkers e centros operacionais subterrâneos na cidade, muitos deles em hospitais. Um deles é o centro de saúde infantil Rantisi, onde eram guardados coletes-bomba – para serem usados em ataques suicidas -, granadas, fuzis AK-47, artefatos explosivos, lança-foguetes antitanque, computadores e dinheiro. Também houve sinais que “indicam que o Hamas manteve reféns neste local”, declarou o porta-voz do Exército, Daniel Hagari, e disse que os serviços de inteligência estão a trabalhar com esta informação.
“Presumimos que esta área era para terroristas que lá permaneceram ou para terroristas e reféns. “Este é um crime de guerra, um crime contra a humanidade e contra o direito internacional”, disse ele.
Junto com isso, as IDF conseguiram destruir 200 alvos terroristas diversos no enclave palestino e chegar às proximidades do hospital al-Shifa, onde mobilizaram incubadoras para transferir os bebês e protegê-los das operações ali realizadas, já que sob aquela terra é um dos principais centros de comando dos extremistas.
(Com informações da EFE)