A inteligência militar da Ucrânia reivindicou neste domingo (21) ataques contra uma terminal de gás russa na costa do mar Báltico e contra diversas instalações militares nas regiões russas de Smolensk, Tula e Oriol.
Segundo uma fonte da inteligência militar ucraniana citada pelo meio RBK, o incêndio declarado na terminal de gás liquefeito operada pela Novatek em Ust-Luga, no Golfo da Finlândia, se deve ao impacto de um drone ucraniano.
“O golpe foi preciso. Desatou um grande incêndio, que ainda está em andamento. Os russos foram obrigados a evacuar os funcionários”, afirmou a fonte. A planta fica a 110 km a oeste de São Petersburgo, às margens do mar Báltico e a 1.000 km da fronteira com a Ucrânia.
“Lá se processa combustível que, em particular, vai para o exército russo. Um ataque bem-sucedido contra esta terminal não causa apenas perdas econômicas ao inimigo, privando-o da oportunidade de ganhar dinheiro com a guerra na Ucrânia, mas também complica significativamente a logística do combustível para o exército russo”, acrescentou.
Ust-Luga fica a 35 quilômetros da fronteira com a Estônia e a quase um quilômetro da fronteira com a Ucrânia, embora na região de Leningrado, onde se encontra, já tenham sido registrados esta semana dois incidentes contra depósitos de petróleo reivindicados como ataques por Kiev.
Enquanto isso, segundo disseram os serviços de inteligência militar a vários meios ucranianos, o alvo em Tula, ao sul de Moscou, foi uma planta onde se manufaturam sistemas de mísseis antiaéreos Pantsir-S, enquanto o ataque em Smolensk (oeste) se dirigiu contra uma fábrica aeronáutica.
O Ministério de Defesa russo informou hoje do derribo ontem à noite de cinco drones ucranianos de asa fixa sobre as regiões de Smolensk e Tula.
Quatro dos aparelhos não tripulados foram abatidos na região de Smolensk, colindante com a Bielorrússia, segundo um comunicado da pasta publicado no Telegram, enquanto o quinto drone foi interceptado na Tula.
Simultaneamente, eclodiu um incêndio na terminal de Ust-Lugá, que segundo a Novatek -o maior exportador russo de gás liquefado- foi devido a um “fato externo”.
Esta semana, as forças ucranianas reivindicaram dois ataques contra depósitos petrolíferos em território russo, um na região de Leningrado, no noroeste – onde se encontra Ust-Lugá -, e outro que provocou um violento incêndio na região de Briansk, na fronteira com a Ucrânia.
O Kremlin se esforça por mostrar que o conflito com a Ucrânia não afeta a vida dos russos, em vésperas das eleições presidenciais de março, mas Kiev multiplica os ataques de drones e mísseis em seu território.
Anteriormente neste domingo, as autoridades locais tentaram tranquilizar a população apesar da magnitude do incêndio e da enorme fumaça mostrada em vídeos nas redes sociais.
“Não houve baixas (…). O pessoal foi evacuado”, publicou no Telegram Aleksandr Drozdenko, governador de Leningrado.
O Ministério russo de Situações de Emergência e os bombeiros locais participaram no combate ao fogo, acrescentou.
Por sua parte, o Ministério de Defesa russo informou neste domingo de ataques ucranianos “frustrados” durante a noite, sem mencionar por enquanto nenhum incidente na região de Leningrado.
(com informações da EFE e AFP)