Rússia e Ucrânia trocaram centenas de prisioneiros de guerra nesta quarta-feira (31), uma semana após a queda de um avião militar russo em Belgorod, na Rússia.
A última troca de prisioneiros entre os dois países ocorreu no início deste mês, quando 248 militares russos e 230 ucranianos foram libertados.
No entanto, os números da troca desta quarta-feira apresentam divergências. O Ministério da Defesa da Rússia afirma que 195 de seus soldados foram libertados em troca do mesmo número de soldados ucranianos. Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, diz que 207 pessoas retornaram ao país.
Our people are back. 207 of them. We return them home no matter what.
We remember each Ukrainian in captivity. Both warriors and civilians. We must bring all of them back. We are working on it.
The Ukrainian team has done another excellent job. Budanov, Yermak, Usov, Maliuk,… pic.twitter.com/ZNNdTz3mKO — Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 31, 2024
O Ministério da Defesa da Rússia informou que os soldados russos libertados estavam em “perigo de vida” no cativeiro ucraniano. Em troca, 195 prisioneiros das Forças Armadas da Ucrânia foram entregues.
O presidente Zelensky disse que a troca foi uma das maiores até agora e que 207 ucranianos retornaram para casa. Ele não especificou se o número inclui os soldados capturados na Ilha da Serpente, no Mar Negro.
O órgão governamental ucraniano encarregado dos prisioneiros de guerra disse que essa foi a 50ª troca de prisioneiros do gênero e que os soldados envolvidos na defesa das cidades de Mariupol e Kherson, bem como os soldados capturados pela Rússia na Ilha Snake, no Mar Negro, voltaram para casa.
A agência informou que fuzileiros navais e médicos de combate estavam entre os devolvidos e disse que 36 dos ucranianos devolvidos tinham ferimentos ou doenças graves.
Os dois países têm realizado trocas periódicas de prisioneiros por meio de intermediários desde o início da guerra, há quase dois anos, apesar da ausência de qualquer conversa de paz entre eles desde os primeiros meses do conflito.