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Israel realizou na segunda-feira um ataque a alvos do Hezbollah perto da cidade de Baalbek, matando dois membros do grupo, segundo fontes de segurança, em resposta ao primeiro ataque desse tipo no leste do Líbano desde o início das hostilidades após o conflito em Gaza. O Exército israelense afirmou que os ataques visavam os sistemas de defesa aérea do Hezbollah em retaliação à derrubada de um de seus drones no sul do Líbano pelo grupo apoiado pelo Irã na manhã de segunda-feira.
“Dois membros do Hezbollah morreram nos ataques israelenses perto de Baalbek”, disse uma autoridade de segurança libanesa à AFP. Outra fonte de segurança confirmou o número.
Na manhã de segunda-feira, uma das fontes havia dito que os ataques israelenses atingiram um prédio usado pelo Hezbollah em um subúrbio de Baalbek, e um depósito perto de Baalbek pertencente ao grupo xiita muçulmano. Ambas as fontes pediram anonimato por não estarem autorizadas a falar com a imprensa.
Uma fonte próxima ao Hezbollah confirmou à EFE que o bombardeio visou a localidade de Haouch Tal Safiye, a apenas 8 quilômetros de Baalbek, um dos principais pontos turísticos do Líbano, onde estão localizadas importantes ruínas greco-romanas, Patrimônio Mundial da UNESCO. Posteriormente, o Hezbollah anunciou que dois de seus combatentes foram mortos por disparos israelenses, e uma fonte próxima ao grupo confirmou que eles morreram nos ataques em Baalbek.
O Exército israelense declarou ter atacado instalações de “defesa aérea” do Hezbollah no vale de Beqaa em resposta ao “lançamento de um míssil terra-ar” que derrubou o drone israelense.
Este foi o primeiro ataque israelense contra o Hezbollah fora do sul do Líbano desde o início da guerra em 7 de outubro entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas, aliado do Hezbollah. Mais tarde na segunda-feira, um ataque israelense contra um carro no sul do Líbano matou pelo menos uma pessoa, informaram equipes de resgate locais à AFP, sem dar mais detalhes. Desde 8 de outubro, o Hezbollah e seu arqui-inimigo Israel têm trocado tiros quase diariamente, mas os ataques têm sido em grande parte limitados à fronteira entre os dois países, embora Israel tenha lançado ataques em outras partes do Líbano, incluindo Beirute.
Durante um cortejo fúnebre de um combatente do Hezbollah, um dos legisladores do grupo, Hassan Fadlallah, criticou os ataques a Baalbek, um bastião do Hezbollah perto da fronteira com a Síria.
“Essa invasão sionista não nos fará recuar, apenas aumentará nossa determinação”, disse Fadlallah em discurso televisionado.
“A agressão israelense a Baalbek ou qualquer outra região não ficará sem resposta, e a resistência responderá de forma apropriada”, acrescentou.
Em janeiro, um ataque amplamente atribuído a Israel matou o líder adjunto do Hamas, Saleh al-Aruri, e seis militantes no reduto do Hezbollah no sul de Beirute, a figura mais proeminente do Hamas a morrer durante a guerra.
No domingo, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que Israel não cessaria suas ações contra o Hezbollah, mesmo que um cessar-fogo e um acordo sobre os reféns em Gaza fossem alcançados.
O Hezbollah afirmou que deixaria de lançar ataques contra Israel se o Exército israelense interrompesse sua ofensiva em Gaza.
Pelo menos 280 pessoas morreram do lado libanês desde o início dos combates, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também 44 civis, segundo um levantamento da AFP.
Do lado israelense, morreram 10 soldados e seis civis, segundo o Exército israelense.
(Com informações de AFP e EFE)