Mais de 80 mil pessoas fugiram de Rafah, no sul de Gaza, desde o início da semana, conforme relatado pela ONU nesta quinta-feira (09). Enquanto isso, tanques israelenses avançam em direção à cidade palestina, que tem sido alvo de bombardeios frequentes por parte de Israel em conflito contra o Hamas.
A operação na região teve início na segunda-feira, quando Tel Aviv ordenou a evacuação de cerca de 100 mil pessoas da parte leste de Rafah, sendo interpretada como um possível prenúncio de uma invasão terrestre.
A ONU também alertou para a escassez de alimentos e combustível na região, onde reside uma população de mais de 1 milhão de palestinos, sendo a maioria refugiada de outras áreas do norte de Gaza devastadas pelo conflito. Martin Griffiths, coordenador de ajuda emergencial da ONU, afirmou que os militares israelenses têm impedido a entrada e saída de qualquer item na área após a tomada das passagens de fronteira com o Egito.
Segundo a ONU, nenhum caminhão de ajuda humanitária conseguiu entrar em Gaza entre segunda e quarta-feira.
“O fechamento das passagens significa que não há combustível. Significa que não há caminhões, geradores, água, eletricidade e circulação de pessoas ou mercadorias. Isso significa que não há ajuda”, escreveu Griffiths em uma rede social. “Os civis em Gaza estão sofrendo com a fome e sendo mortos, enquanto nós somos impedidos de ajudá-los. Essa é a realidade de Gaza hoje, mesmo após sete meses de horrores”, completou.