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Nesta quinta-feira (4), o Reino Unido se prepara para eleger um novo parlamento e governo em eleições gerais que prometem ser decisivas. Pesquisas indicam que o atual primeiro-ministro, Rishi Sunak, do Partido Conservador, enfrenta a possibilidade de derrota, o que encerraria um domínio de 14 anos dos conservadores no poder.
Desde o anúncio surpreendente das eleições em julho, seis semanas se passaram rapidamente, e a palavra de ordem tem sido “mudança”. A eleição é amplamente vista como um protesto contra os conservadores.
A campanha do Partido Trabalhista, liderada por Keir Starmer, tem se concentrado em oferecer uma alternativa aos conservadores, mantendo os detalhes de suas políticas em segundo plano e enfatizando a necessidade de mudança. O Partido Liberal Democrata, por sua vez, tem utilizado slogans como “vencendo aqui” em suas campanhas, embora as afirmações sejam frequentemente exageradas com o uso de gráficos de barras.
O Partido Reformista, por outro lado, critica os conservadores por não serem suficientemente conservadores, acusando-os de serem excessivamente favoráveis a impostos, à Europa e a outras questões.
A decisão de Rishi Sunak de convocar eleições antecipadas permanece um mistério. Na época, especulava-se que ele possuía informações privilegiadas que justificavam a manobra, ou que se tratava de um grave erro de cálculo. A confiança em Sunak e no governo conservador estava em baixa, e as pesquisas mostravam uma grande vantagem para os trabalhistas.
A expectativa é de que, a menos que as pesquisas estejam erradas, dois eventos principais ocorrerão nas eleições de 2024: um retorno do Partido Trabalhista com uma maioria significativa e uma ameaça existencial ao Partido Conservador. O apoio aos conservadores caiu drasticamente de 44,7% em 2019 para cerca de 20% atualmente.
Os conservadores defendem 155 assentos onde receberam menos da metade dos votos na última eleição, e esses assentos estão em risco. As estimativas sugerem que os conservadores podem acabar com menos de cem assentos, o que seria um resultado desastroso, comparável às derrotas históricas de 1997 e 1906.
Com 650 assentos no parlamento britânico, são necessários 326 para obter a maioria. As urnas abrirão às 7h no horário local desta quinta-feira (3h, horário de Brasília) e permanecerão abertas até às 22h. Os eleitores votarão em cada um dos 650 distritos eleitorais, e o líder do partido que ganhar a maioria dos assentos se tornará o primeiro-ministro e poderá formar o governo.
Se nenhum partido obter a maioria, poderá haver a formação de um governo minoritário ou uma coalizão, como ocorreu em eleições passadas. O papel do monarca, Rei Charles III, é principalmente simbólico, mas ele deve aprovar a formação do governo, a realização das eleições e a dissolução do Parlamento.
Rishi Sunak, obrigado a convocar eleições até janeiro de 2025, optou por antecipar o evento. Essa decisão, porém, pode resultar na ascensão de um governo de centro-esquerda liderado por Keir Starmer, inaugurando uma nova era política no Reino Unido.