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Neste domingo (7), após uma intensa mobilização eleitoral, o Novo Frente Popular (NFP) causou surpresa ao conquistar a maioria na Assembleia Nacional da França, superando o partido de direita nacionalista Agrupação Nacional em até quarenta assentos. Os resultados preliminares indicam que o NFP, coalizão liderada pela esquerda, poderá obter entre 172 e 192 cadeiras, enquanto a Agrupação Nacional ficaria com 132-152 assentos e a coalizão Ensemble, que inclui o partido do presidente Emmanuel Macron, entre 150-170 assentos, segundo estimativas do instituto Ipsos.
O cenário antes do fechamento das urnas já distanciava a Agrupação Nacional da maioria absoluta de 289 cadeiras, embora tenha liderado a primeira rodada eleitoral. Os 501 assentos em disputa no domingo viram uma estratégia coordenada pela esquerda para concentrar o voto “anti Le Pen”, retirando candidatos de circunscrições onde poderiam ser terceiros colocados, favorecendo assim uma candidatura única mais competitiva.
A resposta dos eleitores foi marcada por uma manifestação massiva na Praça da República, onde foram ouvidos gritos de “Não passarão”, evocando o histórico lema contra o fascismo. Esta mobilização refletiu-se também na participação histórica de 67% do eleitorado francês, a maior desde há 43 anos.
No entanto, apesar da vitória, o NFP ainda enfrenta o desafio de não ter uma maioria absoluta clara na Assembleia Nacional, o que pode complicar a formação de um governo estável. Tanto Macron quanto líderes da esquerda, como Jean-Luc Mélenchon, do partido La France Insoumise, expressaram suas expectativas e estratégias para o futuro político da França, enquanto o presidente atual pediu “prudência” diante do cenário incerto.
