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O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu nesta quarta-feira (31) vingança contra Israel pela morte do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh.
Haniyeh, figura central do braço político do grupo, foi assassinado nesta madrugada durante uma visita a Teerã para a posse do novo presidente iraniano, conforme confirmado pelo próprio Hamas em um comunicado.
Embora o governo israelense não tenha assumido a autoria da morte, Khamenei prometeu “punição severa” a Israel. O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que seu país “defenderá sua integridade territorial” e declarou que “Israel se arrependerá pelo assassinato covarde”.
Até a última atualização desta reportagem, Israel não havia se manifestado sobre o caso. No entanto, sem confirmar ou negar a autoria do ataque, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que “Israel não quer guerra, mas estamos preparados para todas as possibilidades”.
A Guarda Revolucionária Iraniana, braço das Forças Armadas que responde ao líder supremo, também declarou que “o Irã e a frente de resistência responderão a esse crime”. O braço armado do Hamas, que planejou e executou o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, iniciando a guerra em Gaza, também prometeu vingar o assassinato.
Os governos dos territórios palestinos, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, anunciaram uma greve geral, e o governo iraniano declarou luto de três dias pela morte de Haniyeh.
A Guarda Revolucionária do Irã também confirmou, em um comunicado, que o principal líder do Hamas e um de seus guarda-costas foram assassinados na manhã desta terça em Teerã e que está investigando o caso.
“A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados,” disse um comunicado da Guarda Revolucionária.
Segundo a TV estatal iraniana, ele foi morto às 2h de quarta, horário de Teerã (20h de terça em Brasília), enquanto estava numa residência de veteranos de guerra no norte da capital iraniana.
Os comunicados não fornecem detalhes sobre como o líder do Hamas foi morto e ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo assassinato.
Israel não comentou sobre o caso, porém, havia prometido matar Haniyeh e outros líderes do Hamas após o ataque do grupo em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas e viu cerca de 250 serem feitas reféns.
Em comunicado, o Hamas afirma que Haniyeh foi morto num “ataque aéreo traiçoeiro à sua residência em Teerã”. Ele estava no Irã para participar da cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian.
“É um ato covarde que não ficará impune,” disse a TV Al-Aqsa, controlada pelo Hamas, citando Moussa Abu Marzouk, alto funcionário do grupo.
Segundo o canal de TV Al Mayadin, sediado em Beirute, capital do Líbano, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse que “é dever do Irã vingar o sangue de Haniyeh porque ele foi martirizado em nosso solo”.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou veementemente o assassinato do líder do Hamas, informou a agência de notícias estatal WAFA.
Grupos palestinos convocaram uma greve geral e manifestações em massa após o assassinato de Haniyeh.